15/09/2020 as 09:22

SERGIPE

Ocupação de UTIs permanece abaixo de 40%

Já na rede privada, o número de ocupação é de 31,7%

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Já são mais de 20 dias que Sergipe surfa em onda positiva de queda no número de casos da Covid-19 e, consequentemente, de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública de Saúde. Desde o dia 23 de agosto, a ocupação de leitos já estava abaixo dos 50%. Vale ressaltar que o Estado chegou a ter 84% dos seus leitos de UTI ocupados no dia 19 de julho, atingindo o ápice de pacientes hospitalizados.

Atualmente, segundo o Boletim Epidemiológico do último domingo, 13, a ocupação de leitos de UTI da rede pública está em 37%. Já na rede privada, o número de ocupação é de 31,7%.

Ainda no mesmo boletim, o número de novos casos, pela primeira vez desde o pico da doença, ficou abaixo de cem, mais precisamente 68 novos casos. Para o diretor da Vigilância em Saúde da SES, o infectologista Marco Aurélio Góes, essa realidade é vista com otimismo, mas também com muita cautela e acompanhamento diário. “É importante a gente entender que depois de seis meses de pandemia, passamos por esse processo de queda. É uma queda que tem se mostrado consistente, diminuímos bastante o número de casos e de óbitos também, refletindo numa menor ocupação hospitalar, mas ainda temos cerca de 40% dos leitos ocupados”, afirma o médico.

Ele alerta para registros de outras partes do mundo, onde uma segunda onda da doença foi computada. “É fundamental que a gente entenda que esse cenário, apesar de ser um cenário otimista em relação ao que vivenciamos nos últimos meses, merece muita atenção, pois tem sido observado em várias partes do mundo que após uma queda pode haver o que se denomina de segunda onda, onde a gente tem um aumento no número de casos e aí pode afetar populações que ainda não foram afetadas e voltarmos a ter novos casos e óbitos”, alerta Marco Aurélio.

O médico finaliza dizendo que o vírus ainda está por aí e fazendo novas vítimas. Por esse motivo, a necessidade de tomar as medidas de prevenção é fundamental. “A gente reforça que a pandemia não acabou. É importante que as medidas de distanciamento social, o uso de máscara e a higienização freqüente das mãos, sejam mantidas, independente da fase de flexibilização que a gente esteja”, conclui o infectologista.