22/09/2020 as 12:33

PROCEDIMENTO

Hospital São Lucas realiza implante de nova válvula em Sergipe

De acordo com o médico Vitor Vahle, cardiologista intervencionista do HSL, o procedimento é minimamente invasivo e geralmente feito apenas sob sedação consciente, sem necessidade de anestesia geral

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A medicina avança a passos largos e o serviço de cardiologia do Hospital São Lucas (HSL) acompanha essa evolução. Um dos procedimentos mais inovadores é o implante percutâneo valvar aórtico (TAVI) que surgiu como uma estratégia de tratamento para pacientes com estenose aórtica inoperável ou de alto risco cirúrgico, mas expandiu-se a uma população de idosos com risco baixo e intermediário.

De acordo com o médico Vitor Vahle, cardiologista intervencionista do HSL, o procedimento é minimamente invasivo e geralmente feito apenas sob sedação consciente, sem necessidade de anestesia geral. “Fizemos no último dia 09 de setembro dois implantes percutâneos de valva aórtica com uma bioprótese de última geração chamada SAPIEN 3. Esta prótese é diferente da que habitualmente estamos acostumados pois é expansível por balão e com uma melhor navegabilidade.

Atualmente é o que temos de mais moderno no Brasil”, explicou o médico. O procedimento é realizado através de uma punção na artéria femoral do paciente (região da virilha), através da qual introduzimos um cateter específico para ultrapassar a valva doente do paciente e em seguida posicionamos e implantamos uma bioprótese por dentro da valva doente. Imediatamente após o implante, a nova válvula já está funcionando normalmente e a estenose aórtica deixa de existir.

Ainda de acordo com Dr. Vitor Vahle, os resultados foram bastante positivos. “Fizemos os implantes em dois pacientes com perfis completamente diferentes, um senhor de 88 anos com coronariopatia importante, insuficiência renal e fragilidade, que não conseguia caminhar 100 metros sem sintomas; e outro paciente de 73 anos, sem comorbidades e que jogava tênis e pedalava até pouco tempo atrás. Este com baixo risco cirúrgico”, comentou ele. A DOENÇA A estenose aórtica é a doença valvar cardíaca mais comum. Sua prevalência aumenta com a idade, afetando aproximadamente 3% da população com idade superior a 75 anos.

A substituição cirúrgica da valva aórtica é o tratamento de eleição para pacientes com estenose aórtica acentuada, determinando alívio dos sintomas e aumento da sobrevida. Para o também cardiologista Dr. Roberto Cintra, coordenador da unidade cardiovascular do Hospital São Lucas, a avaliação pré-operatória com equipe especializada e o seguimento pós procedimento são fundamentais para o sucesso. Todos os casos são discutidos e planejados por um grupo de cardiologistas de todas as áreas (clínica, imagem, intervenção e cirurgia), chamado HEART TEAM.

Ele explica também que, menos de 10% das pessoas que realizam o procedimento de TAVI apresentam algum tipo de intercorrência.

Quando acontecem, estas intercorrências costumam ser leves. Complicações graves são raras. “O Hospital São Lucas está sempre na vanguarda dos procedimentos cardiológicos complexos, com uma equipe muito especializada de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, garantido a segurança do paciente e um excelente desfecho nos procedimentos, comparado aos melhores centros do mundo. Estamos muito satisfeitos com os resultados desses procedimentos”, finalizou Dr. Roberto Cintra.