06/11/2020 as 09:01

RETORNO ÀS AULAS

Estudantes têm que cumprir rígido protocolo contra Covid

Infectologista orienta sobre adoção de medidas

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Com a suspensão das aulas, devido à pandemia da covid-19, as instituições de ensino da capital sergipana tiveram que se reinventar e trazer novas maneiras de transmitir conhecimento aos estudantes. Agora, após cerca de oito meses sem aulas presenciais, as escolas da capital sergipana passam por uma nova fase de adaptação, com a retomada gradual das atividades, iniciada na última terça-feira, 3.

No primeiro momento, o retorno se deu para os alunos da rede privada de ensino. Já para a rede pública, a retomada está prevista para o dia 17 de novembro. O processo será feito em etapas e com revezamento, alternando momentos presenciais e não presenciais, e com um número menor de estudantes por turma/sala, considerando o distanciamento físico e as medidas de segurança.

Nesta fase, estão autorizadas as aulas presenciais das turmas das terceiras séries do Ensino Médio Regular; concluintes da Educação Profissional Tecnológica (EPT), integrada ao Ensino Médio; Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio; cursos livres de pré-vestibulares; aulas e atividades práticas de cursos do ensino superior e aulas e atividades práticas de cursos de EPT

Para esta nova rotina, toda instituição deve possuir um plano interno de prevenção e monitoramento da transmissão da covid-19 no ambiente escolar e possuir um comitê interno de acompanhamento do cumprimento adequado do seu plano.

“O que temos recomendado para os alunos que estão retornando às aulas é buscarem o conhecimento em relação aos protocolos de retorno dos colégios. O corpo docente deve estar consciente dessas medidas e colocarem em prática. Ter na cabeça que é preciso tomar medidas de precaução constantemente. A questão do distanciamento, não se utilizar muito de abraços, de apertos de mão, estar sempre lavando as mãos; além do uso obrigatório de máscara. tudo isso deve ser colocado como rotina”, orienta a infectologista da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Aracaju, Fabrízia Tavares.

Durante as atividades será proibido o compartilhamento, entre colegas, de qualquer objeto, como canetas, lápis, borracha, livros, cadernos, celulares, entre outros. Além disso, inclui-se a obrigatoriedade do uso da máscara facial em todo o ambiente escolar. Ainda com relação aos objetos, o indicado é que o aluno leve o mínimo de material possível.

“Principalmente neste momento de retorno, onde a gente busca o convívio com as pessoas, é preciso ter a consciência de que temos que mudar o nosso entendimento de que o contato físico, o desleixo em relação ao uso da máscara, ou o uso indevido, assim como a questão de não higienizar as mãos com frequência, nos traz um risco altíssimo de uma segunda onda do aumento do número de casos”, alerta a infectologista da SMS, ao enfatizar a necessidade do cumprimento das medidas de segurança.

O retorno das atividades presenciais será baseado em medidas de biossegurança, como a disponibilização de pontos para a adequada higienização das mãos, antes de adentrar as instalações da instituição; a limitação da circulação de pessoas que não fazem parte da comunidade escolar; e a priorização do atendimento ao público, por meio não presencial. Assim como, a garantia do distanciamento recomendado em ambientes como refeitório, banheiro, acesso a bebedouro, entre outros.

As instituições deverão cumprir as recomendações referentes à entrada e saída, criando estratégias para evitar aglomerações nesse processo. Além de filas que obedecem o distanciamento de 1,5 metros, a temperatura de professores, profissionais da educação e estudantes deve ser aferida na entrada da instituição, utilizando termômetro sem contato (infravermelho) e não permitir a presença de pessoas com temperatura igual ou superior a 37,8 graus Celsius ou com sintomas de infecção respiratória. Pessoas com diagnóstico de covid-19 devem ficar afastadas das atividades pelo período preconizado pelos serviços de saúde.

“Enquanto estivermos em pandemia precisamos ter alto nível de vigilância e de precaução. Não podemos abrir a guarda agora para não ter que seguir novas restrições sociais com consequências econômicas. As pessoas se prevenindo estão também tendo cuidado com o outro”, afirma Fabrízia Tavares.

|Fonte: Ascom/SMS

||Foto: André Moreira