25/11/2021 as 12:17
ALERTAÉ o que aponta uma pesquisa inédita feita pela Universidade Federal de MG
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Uma pesquisa inédita realizada pela Universidade Federal de Minas Gerais, com participação da Estadual Santa Cruz, Federal de Ouro Preto e Viçosa, com intercâmbio com Universidade do Texas, analisou polimorfismos genéticos em indivíduos positivados para a Covid-19 e verificou que pacientes obesos podem apresentar quadros mais graves da doença.
O objetivo da pesquisa, de acordo com o médico endocrinologista Carlos Alberto, é identificar novos tratamentos para a doença e, consequentemente, trazer melhorias para o diagnóstico. O estudo está associado ainda a doenças tipo diabetes e hipertensão, e também está acontecendo em Aracaju, por meio da empresa Unimed Sergipe. Os especialistas estão recrutando voluntários. “Neste primeiro momento, estamos estudando os indivíduos da própria Unimed e depois iremos incorporar as pessoas da comunidade, sem ser usuário do plano”, explica Carlos Alberto.
Segundo ele, é aplicado um questionário ao paciente; em seguida, é realizada a avaliação clínica. Também é feita a assinatura do termo da pesquisa, coleta de sangue para avaliação do DNA, e a coleta de Swab oral, para análise gênica. “Essa pesquisa avalia o DNA da pessoa e consequentemente vê como que se apresentou a Covid-19, se foi leve, moderada ou grave, correlacionando com o grau da gordura corporal. A gente faz um cálculo chamado índice pela massa corpórea, que é o peso pela altura ao quadrado, e estamos percebendo na pesquisa que os indivíduos que apresentam um maior índice de IMC tiveram uma gravidade maior, necessitando de internação, UTI ou oxigenação”, explica o médico.
Isso significa que indivíduos com graus de obesidade podem apresentar a forma mais grave da doença. “A gente quer estudar isso na população de Sergipe, através dos usuários da Unimed, e aplicar em outras pessoas posteriormente”, disse.
|Por Laís de Mel
||Foto: Divulgação