20/12/2021 as 10:11

OCULAR

Entenda o que é pterígio e quando ele pode prejudicar a visão

De acordo com o oftalmologista Dr. Thiago Amorim, Pterígio não é uma doença ocular infecciosa, mas pode afetar a visão caso se estenda na região central da córnea

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Popularmente chamado de “carne crescida, ou, carne esponjosa”, pterígio é uma proliferação fibrovascular da conjuntiva, localizado no espaço interpalpebral, envolvendo a córnea. Sua denominação vem do grego “pterón” (asa) como referência a seu formato triangular.

De acordo com o oftalmologista do Hospital de Olhos Rollemberg Góis (HORG) Dr. Thiago Amorim, Pterígio não é uma doença ocular infecciosa, mas pode afetar a visão caso se estenda na região central da córnea. “Em estágios avançados, a doença induz astigmatismo e pode causar diminuição da visão e geralmente desenvolve em pacientes que vivem em climas quentes. É uma resposta orgânica do olho a um processo de irritação ocular crônica”, explicou oftalmologista.

Ainda de acordo com Dr. Thiago Amorim, exposição excessiva ao sol, vento, poeira e outros produtos químicos, podem provocar o pterígio. Ele lembra que paciente com quadro de Olho Seco tem relação com o surgimento da lesão.

COMO PREVENIR
Não são conhecidas medidas preventivas contra o pterígio, mas alguns cuidados podem retardar o aparecimento e evolução da doença. É importante evitar a exposição excessiva ao sol e qualquer fonte de irradiação. “Sempre oriento aos pacientes, principalmente aqueles que ficam exposto à luz solar durante um longo período, que utilizem óculos esporte com filtros que bloqueiam os raios UV (ultravioleta). Desta forma diminuem a possibilidade de surgimento desse tipo de lesão”, disse Dr. Thiago Amorim.

TRATAMENTO
Para seu tratamento, o ideal é sempre consultar um oftalmologista. Pode ser realizado tratamento clínico para os pacientes apresentando pterígio inicial e quadro inflamatório, com uso de lágrimas artificiais e esteroides tópicos. Em casos de pterígio avançado acometendo boa parte da córnea e próximo ao eixo visual o tratamento é cirúrgico, feito sob anestesia local com duração de aproximadamente 30 minutos e consiste na remoção do tecido, seguido de um transplante de conjuntiva para recobrir o local da lesão, reduzindo as recidivas.