Sergipe registra mais de quatro mil casos de dengue em 2022

Dados do Núcleo de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde (SES) revelam que até o último dia 14, o Estado de Sergipe registrou 4.641 casos confirmados de Dengue neste ano de 2022, contra 12.662 notificações. As informações também acusam 12 óbitos pela doença, ocorridos nos municípios de Arauá, Areia Branca, Canindé do São Francisco, Capela, Carira, Itabaianinha, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo e São Cristóvão. Em relação à Chikungunya, foram registrados 3.470 casos confirmados e 7.719 notificações, conforme informações da gerente do Núcleo de Endemias, Sidney Sá, acrescentando que a doença levaram duas pessoas a óbito nos municípios de Lagarto e São Cristóvão.

O Zica vírus também apresentou um número expressivo de notificações durante este ano. Foram 1.248 registros, com 119 casos confirmados, sendo três em gestantes, ocorridos nos municípios de Lagarto e Umbaúba. Painel de monitoramento A tomada de decisão da gestão pública de Aracaju não é feita de forma empírica, sobretudo no que se refere às medidas adotadas ao combate do Aedes aegypti. Na capital sergipana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mantém o painel de monitoramento de arboviroses que auxilia no planejamento de ações de combate ao mosquito.

Com a ferramenta, disponível no site institucional da Prefeitura de Aracaju, é possível acessar dados como números de casos, a série histórica do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), mapa de visitas domiciliares e do fumacê. “O sistema é acessível à população, o que possibilita que todos tenham acesso a informações atualizadas e, consequentemente, tenham noção da real situação epidemiológica da cidade.

O painel de monitoramento das arboviroses foi criado pela Sala de Situação, do setor de Inovação e Gestão Estratégica da SMS, e está disponível no site da Prefeitura”, explica o gerente da Sala de Situação da SMS, Maycon Santana. Na página do painel de monitoramento, a o cidadão tem acesso a informações como a classificação das arboviroses: dengue, chinkungunya e zika vírus, com casos suspeitos e descartados; quantidade de pacientes por semana epidemiológica; sintomas; número de pacientes por sexo e pacientes gestantes. Também é possível acessar os dados sobre o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) e toda a série histórica com a média de índice por ano (a partir de 2017), detalhado por mês e bairros. Já na aba do Programa Municipal de Combate ao Aedes aegypti é possível verificar o mapa de visitas domiciliares, notificação das arboviroses e o mapa do fumacê.

De acordo com o gerente do programa, Jeferson Santana, esse painel é essencial no monitoramento dos casos e na tomada de decisões no combate ao mosquito. “Com essa análise prévia, podemos atuar de forma antecipada, a fim de evitar uma epidemia de doenças transmitidas pelo Aedes. De forma transparente e com apenas um clique, a população também tem acesso a esses dados e pode avaliar de maneira mais concreta o cenário epidemiológico do mosquito em nossa cidade, o que ajuda na conscientização”, enfatiza.

Dados da capital
De acordo com o painel de monitoramento, até o momento, foram feitos 6.557 registros, sendo 2.870 casos confirmados de dengue, 1.146 casos de chinkungunya e 38 casos de zika vírus. Há, ainda, o registro de 633 casos suspeitos, aguardando resultado do exame pelo Laboratório Central (Lancen/ Sergipe), e outros 1.870 foram descartados. 7 Dos casos confirmados, a predominância é do sexo feminino e no que se refere aos casos de chinkungunya. Nos casos de dengue com sinais de alarme e dengue grave, a faixa etária com maior número de casos é de crianças com 10 anos. Sobre os sintomas mais notificados, destaque para febre, dor no corpo (mialgia), dor de cabeça (cefaleia) e dor nas articulações (artralgia).