03/02/2023 as 14:44

ALERTA

Huse atendeu mais de 2 mil vítimas de queda da própria altura em 2022

Maior parte de vítimas de queda da própria altura atendidas no Huse é formada pessoas acima de 60 anos

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O Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse) divulgou o balanço de vítimas de queda da própria altura – aquela em que pessoa cai no próprio nível em que se encontra. De acordo com a unidade hospitalar, somente em 2022, foram realizados 2.119 atendimentos.

Vítima de queda da própria altura, o aposentado José Pereira dos Santos, 73 anos, deu entrada no pronto-socorro do Huse no último sábado, 28, após acidente em sua residência. “Estava caminhado pela casa, quando acabei escorregando e caí. Ao chegar aqui no Huse, passei por exames que confirmaram que eu tinha fraturado o fêmur da perna direita”, declarou o paciente, que no momento aguarda por cirurgia.

Assim como José Pereira, a maior parte de vítimas de queda da própria altura que são atendidas no Huse envolve pessoas acima de 60 anos. Sobre isso, a referência técnica em Ortopedia da unidade, Antônio Cabral, explica que esse índice normalmente está relacionado à fragilidade dos ossos que acomete esse público.

“Grande parte dos idosos tem uma demanda óssea baixa, com osteoporose, o que contribui para que as quedas aconteçam. Muitos chegam ao Huse com graves fraturas de fêmur, quadril, tornozelo, braço, entre outras, que poderiam ser evitadas, pois os acidentes, em sua maioria, são de origem doméstica”, destacou.

Prevenção
O ortopedista considera que esses casos poderiam ser evitados com alguns cuidados voltados à prevenção. “O ideal é deixar o ambiente do idoso o mais acessível possível, sem tapetes, com móveis bem posicionados e, de preferência, com iluminação por sensor de presença, para evitar os riscos de queda. Já na parte do banheiro, por ser um ambiente úmido, propenso a escorregões, é importante a instalação de barras para facilitar o asseio e o deslocamento do mesmo pelo ambiente”, explica o especialista.

Sobre a prevenção das doenças ósseo-metabólicas, o médico recomenda certos cuidados necessários, a exemplo da prática de atividade física aliada a uma alimentação saudável. “Além disso, é importante estar atento também para reposição de cálcio no organismo, para exposição ao sol (produção de vitamina D) e eliminação de fatores de risco, como alcoolismo, tabagismo, obesidade e sedentarismo”, conclui Antônio Cabral.

 

Fonte: Governo de Sergipe