11/02/2019 as 11:43

Moda

TB Entrevista Cris Guerra

Cris Guerra é criadora do primeiro blog de looks diários do Brasil e precursora de uma nova linguagem na comunicação de moda.

COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA

TB Entrevista Cris Guerra

Publicitária premiada e escritora com cinco livros publicados (dentre eles o best seller “Moda Intuitiva”), Cris Guerra é criadora do primeiro blog de looks diários do Brasil e precursora de uma nova linguagem na comunicação de moda. Sua história pessoal emocionou o Brasil e resultou no livro Para Francisco. Cronista das revistas Pais&Filhos e Vida Simples, Cris também escreveu na Veja BH nos três anos de circulação da revista capital mineira. Assina a coluna “Inspiração” na rádio BandNews FM de Belo Horizonte e viaja pelo país proferindo palestras comportamentais - autoestima, crescimento pessoal, moda e maternidade. E estará palestrando em Aracaju dia 16 de fevereiro, das 16h30 às 19h30, no Radisson Hotel Aracaju, pilotando o Workshop Moda Intuitiva. Ingressos em www.projetoelevate.com.br.


Thaïs Bezerra - Seu estilo reflete os acontecimentos da sua vida? Para você, isso é comum?
Cris Guerra - O nosso estilo reflete exatamente quem a gente é. Mas isso é parte de um processo. Algo que vai sendo esculpido ao longo do tempo. Estilo tem muito a ver com a gente se sentir bem em uma roupa, e colocar isso acima da impressão que causamos. É claro que as pessoas leem nossa roupa, nosso estilo, é claro que passamos uma mensagem com o que usamos – e isso é incrível. Mas você só se conecta de fato com o seu estilo quando você olha mais para dentro e menos para fora. O verdadeiro estilo reflete a nossa vivência, o que nos torna genuínos e únicos. Tem a ver com se vestir para gostar mais de ser você, em lugar de se vestir para parecer outra pessoa. Eu penso que o vestir é algo que vem de dentro para fora e a gente fala muito sobre isso no Workshop Moda Intuitiva para Vendedores.

TB - Sendo uma pioneira nas redes sociais, como você consegue se reinventar em um ambiente onde existe tanto conteúdo de moda?
CG - As pessoas me seguem para ver o meu amadurecimento, minhas novas ideias, meu jeito de ver a vida. Estou nessa estrada há mais de 11 anos e nesse período eu naturalmente mudei muito – acho que me reinventar é antes de mais nada fazer sempre o que faz sentido para mim, e não para meus seguidores. Quem me segue o faz por encontrar uma verdade em mim e por se identificar com ela. Se eu for me reinventar pensando no que está “rendendo likes”, esse movimento pode funcionar no começo, mas vai durar pouco. Por isso, na minha atuação nas redes, eu não dou muita bola para o que está na onda. Antes de mais nada, eu mantenho a minha fidelidade ao que eu sou e isso é o que tem valor, pois é verdadeiro. Acredito que seja isso o que faz as pessoas me seguirem. Meu maior patrimônio é ser de verdade.

TB - O que a palestra de moda intuitiva consegue trazer para as pessoas, em relação à autoestima?
CG - Eu adoro a palavra autoestima porque ela é a base da nossa vida. Todos os setores da nossa vida são influenciados por essa palavrinha, assim como a influenciam. A atitude das pessoas reflete a sua autoestima. Uma pessoa muito vaidosa, por exemplo, no sentido literal da palavra, não é uma pessoa que está em paz consigo. É o contrário, porque ela busca é autoafirmação. Eu abordo esse tema no workshop com o ponto de vista de quem já viveu isso e tem sua história marcada pela questão da falta de autoestima. Eu precisei fazer uma virada e a moda me ajudou muito. Mas é preciso saber lidar para não se tornar uma vítima da moda, em vez de ser ajudada por ela. Tudo depende da maneira de usá-la – e de não ser usado por ela.

TB - Algum recado para os sergipanos que te prestigiam e lá estarão para prestigiar?
CG - Nosso workshop foi elaborado com muito esmero e o feedback é muito positivo. É um evento com três horas de duração, voltado não só para lojistas, mas também para estilistas, empreendedores e interessados em moda e estilo (dos setores feminino e masculino). Como eu conto minha história e faço várias reflexões sobre o que é comum a todos nós – autoestima, sucesso, fracasso, felicidade –, acredito que é um evento interessante para todos os que gostam de aprender e trocar experiências. Em nosso evento falo acima de tudo sobre as pessoas e suas buscas. O que me levou a organizar esse workshop é que eu sempre observava a forma de as pessoas venderem e comprarem moda. Eu observo muito quem sabe vender bem e quem não sabe, quem constrói conexões com seus clientes e quem faz apenas vendas isoladas. Muitos vendedores insistem em vender tendência, e eu acredito que isso raramente é o que leva o consumidor à loja. Quero chamar as pessoas a refletirem, sentirem e pensarem em suas vidas, no que motiva cada compra. Meu objetivo mostrar a moda como algo muito além das tendências, enfatizando o papel do vendedor como ator de uma boa experiência de compra e provocando reflexões muito apropriadas para aprender a lidar com as necessidades de um consumidor cada vez mais bem informado.