04/10/2021 as 09:49
DESTAQUEÚnica mulher entre os cinco filhos do diretor de cinema William Cobbett e da produtora cultural Eliana Cobbett, Tatiana nasceu carioca em 1960 e sempre teve a presença constante da arte
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Única mulher entre os cinco filhos do diretor de cinema William Cobbett e da produtora cultural Eliana Cobbett, Tatiana nasceu carioca em 1960 e sempre teve a presença constante da arte em sua vida. E foi na dança que encontrou a primeira maneira de se expressar. Bailarina formada pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, antes de completar o curso de História na UFRJ, aceitou uma bolsa de estudos e, aos 18 anos, foi para Nova Iorque estudar dança moderna e contemporânea.
Ao retornar, ingressou numa das mais importantes companhias de dança brasileira: a Companhia Paulista Balé Stagium, onde trabalhou por 13 anos percorrendo o Brasil, toda a América Latina, América Central e alguns países da Europa. Escreveu, coreografou, produziu e atuou em diversos espetáculos, entre eles o musical Mulheres de Holanda, obra que foi indicada ao prêmio APETESP pelo texto e trilha sonora. Coreografou para teatro e dirigiu várias instituições culturais, incluindo o Teatro Pirandelo, em São Paulo, além de outros espetáculos. Na época, cantarolar e inventar versos já eram a marca da bailarina. Seu encontro mais estreito com a música se deu como produtora e diretora de shows. Quando se mudou para Florianópolis, em 1997, Tatiana deu vazão à sua veia de compositora.
Da união musical com seu amigo Marcoliva, o resultado foram cinco discos já lançados. Atualmente, numa residência artística em Lisboa, tem se dedicado a desenvolver um intercâmbio com artistas locais e múltiplas linguagens. Casada com o jornalista Paulo Markun, mãe de Pedro e João, vó de Teresa e Maria, a multiartista Tatiana compartilha conosco seus quereres e sonhos. Em novembro ela aterrissa por aqui para matar as saudades do mar ‘caldo de cana’, dos sabores e cenários sergipanos e dos amigos/irmãos que fez em Aracaju.
Nome completo: Tatiana Cobbett Stael Cosme
Momento preferido do dia: Entardecer
Um motivo de orgulho? Ter recebido o Título de cidadã Sergipana, por unanimidade, pelos feitos culturais.
Trilha sonora da sua vida: Minha trilha é variada, mas sinto que a canção “Atalaia” de Joubert Moraes, que gravei no meu terceiro álbum (Corte Costura) reflete e significa muito da minha vida.
Bússola moral: Caráter
Um talento doméstico: Minha Caldeirada - Musicasa (reúne e alimenta)
Uma referência: Minha mãe – Eliana Cobbett – primeira mulher Produtora de Cinema no Brasil
Qual é a primeira coisa que pensa ao acordar? Simbora pra lida
E antes de adormecer? O amanhã existe
O que mais aprecia em seus amigos? O afeto solidário
Rede social preferida? Sou metade Face, metade Insta
Uma mania: Coçar a palma da mão quando estou pensando ou prestando atenção em algo.
Qual a sua melhor lembrança do início de carreira? Tive muitos maravilhosos momentos, mas acho que algo que muito me marcou, foi depois de ensaiar por meses a coreografia “Pantanal” (Balé StagiumDecio Otero e Marika Gidali) sem a música, que foi composta pelo Egberto Gismonti, quando ele chegou para nos mostrar foi como uma luva.... lembro de, ouvindo, reconhecer meu lugar na música e da emoção profunda que senti. Inesquecível e com certeza mudou minha perspectiva de criação, de interpretação e do imenso alcance da arte.
Em que momento do dia é mais feliz? Ser feliz é meta né? Então quando acontece qualquer hora é perfeita!
Por que motivo chorou a última vez? Estamos, nos últimos tempos, vivendo uma tragédia tão impensável no nosso país e no mundo que chorar é até um forma de aliviar o desamor, o desumano a indignação que nos assola. E tenho chorado...
E porque motivo sorriu? Do mesmo modo, qualquer alívio é um sorriso.......conversar com minhas netas, amigos, filhos via whatsapp, sentir o calor do público, presencial ou não, dar um mergulho no mar, encontrar a lua cheia olhando pela janela... a beleza é algo que me faz sorrir sempre... Uma ambição profissional: Sou uma artista e estar atuante, independente, criativa, sustentável e consistente no meu fazer profissional é minha ambição permanente.
Quem você gostaria de ser se não fosse você mesmo? Eu gostaria muito de ser um pássaro... uma águia por exemplo, ou um colibri... na esfera do humano - Fernanda Montenegro – uma mulher que admiro em todos os sentidos.
E onde gostaria de viver? Eu sempre busquei viver onde queria e assim já morei em alguns lugares. Hoje estou em Lisboa e adoro, mas reconheço Florianópolis como sendo meu lugar.
Música marcante? Acho que Básica -Blusinha Branca, minha primeira composição, ocupa este lugar de marcar meu lado compositora e me inserir neste vasto universo.
Última vez que gritou: Quando estou no palco... muitas vezes gritar é um recurso que clameja, assombra, alivia, aponta...
Uma culinária que faz bem ao paladar: A comida feita pelo meu mano Aldrin tem este lugar.... é ancestral e atual... Adoro!!!
Você tem medo de que? Medo de perder a coragem...
Um cheiro: Adoro aromas... lavanda está entre os preferidos
Gasta muito com: Não gasto muito e não sou econômica vou meio que devagar e sempre...
Qual a sua idéia de um domingo perfeito? Família, amigos, boa comida, quintal e música… perfeito!
Uma lembrança da infância: A atitude da minha vó, Guiomar, ao descobrir que o vizinho nos colocou pra correr, ela comprou o pé de jabuticaba para que eu pudesse degustar com meus coleguinhas.
Uma palavra: Resistência
Qual o seu bem mais precioso? Não são meus, mas com certeza meu melhor, meus filhos
Um hábito do qual não abre mão: Ser notívaga
Um hábito de que você quer se livrar? Não tenho assim tantos hábitos...
Um gosto inusitado: Comer com a mão, principalmente peixe frito com arroz
Qual o projeto que gostaria de ver aprovado na Câmara? Caramba!
Há tanto por fazer... na educação, na saúde e que tudo passe pela cultura… a arte transforma.
Memória afetiva: Atalaia Nova, guarda muito de mim e sempre me refaz
Uma imagem marcante: O último 7 de setembro...
O que não come de jeito nenhum: Bife de fígado
Um elogio inesquecível: Mamãe você parece a Mafalda! (Pedro Markun)
Um livro insubstituível: Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Marques)
Que dom gostaria de ter? De voar
Um filme que sempre quer rever: Assim Caminha a Humanidade (George Stevens - 1956)
Que pecado comete com mais freqüência? Talvez a gula...
Principal qualidade em um homem: Generosidade. Um arrependimento: Penso na máxima, só se arrepender do que não fez. Principal qualidade em uma mulher: Resiliência
Em que situação vale a pena mentir? Mentir nunca...
Omitir às vezes colabora... Lugar inesquecível? Zermatt na Suíça Traição é perdoável? Deixo isso para o traído.
Em que situação você perde a elegância? Procuro jamais perder a elegância.....
O que você faria se não fosse proibido? É proibido
Proibir... Qual a sua maior realização? Ainda estou nesta busca...
Um sonho de consumo a realizar? Viajar... tem tantos lugares que eu adoraria conhecer
Uma frase: Se há arte nunca será tarde.