23/11/2022 as 09:56

ENTREVISTA

TB Entrevista Dra. Thais Carvalho

Thais Carvalho Vieira Rodrigues é consumidora contumaz de conhecimento e saberes, que a tornam mais preparada enquanto sua luz se esparge e Santa Fátima a protege e faz continuar.

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Sua atuação faz a diferença no segmento médico em Sergipe. Cardiologista e clínica geral, geriatra afetiva de todos os seus pacientezinhos - que ela nomina de maneira acolhedora ao se referir -, Thais Carvalho Vieira Rodrigues é consumidora contumaz de conhecimento e saberes, que a tornam mais preparada enquanto sua luz se esparge e Santa Fátima a protege e faz continuar.

Com a expertise de vinte anos como frequentadora e participante-debatedora em congressos nacionais, americanos e europeus de sua especialidade, Dra. Thais tem realizado relevantes eventos voltados a classe médica em Aracaju: “Era necessário multiplicar”. O IV Simpósio de Cárdio-Oncologia que acontece no próximo sábado (26), tem a sua assinatura. Será o tema desta entrevista.

Na consequência da contumaz atuação e robusta contribuição de sua essência feminina ao segmento médico, nacionalmente, Dra. Thais Carvalho foi convidada pelo projeto Ladies Project de Empoderamento Feminino da multinacional Farmacêutica Novo Nordisk, que acontece neste fim de semana (dias 18 e 19) em São Paulo. O leitor confere e se atualiza.

THAÏS BEZERRA - Qual é a essência do IV Simpósio de Cárdio-Oncologia que acontece no próximo sábado (26), sob sua curadoria e organização?
Dra. THAIS CARVALHO – A consciência da Prevenção! Estreitar a parceria com a Oncologia, na efetividade de ciências que se complementam para garantir e prolongar vidas com produtividade e saúde.

TB – Por que Cardiologia e Oncologia juntas, em tema de simpósio médico?
TC - A Oncologia tem revolucionado na evolução do tratamento, controle e até cura do câncer, principalmente quando sua descoberta é precoce. Presenciamos controle efetivo na diminuição de mortalidade por doenças neoplásicas (multiplicação anormal de células).

TB – Há consequências da quimioterapia sobre o funcionamento do coração?
TC - O sistema cardiológico é prejudicado com as medicações utilizadas para combater o câncer, assim como o cérebro, pulmão e outros sistemas que também precisam ter saúde e funcionar bem, para garantir a vida. Tem ocorrido aumento crescente nas complicações cardiovasculares consequentes do tratamentoquimioterápico.

TB - Que consequências o tratamento oncológico pode ocasionar ao paciente se exames de acompanhamento não forem realizados?
TC – Na Cardiologia podem ocorrer arritmia cardíaca, trombose, miocardite (inflamação do coração) ehipertensão arterial. Embolia pulmonar, complicações cerebrais durante o tratamento do câncer, assim como dez ou vinte anos após, como a insuficiência cardíaca. Outros sistemas vitais são ameaçados enquanto a Neoplasia (câncer) diminui.

TB – Como a convergência e sintonia entre Cardiologia e Oncologia refletem no sofrimento do paciente e resultado do tratamento oncológico?
TC – Estágio e resistência, da doença e paciente precisam de avaliação clínica e exames complementares antes de começar a quimioterapia, para evitar que complicações não surpreendam e sejam evitadas.

TB – Como identificar possíveis danos e comprometimentos do sistema cardiológico durante o tratamento quimioterápico?
TC – A sensibilidade da Ecocardiografia Strain detecta a disfunção subclínica (antes da pessoa ter o diagnóstico clínico) numa antecipação agora possível.

TB – A indicação é efetuar os exames antes e depois? (da quimioterapia)
TC - No período médio de três meses ou a cada ciclo do tratamento oncológico, os exames complementares precisam ser repetidos para atualizar o monitoramento, evitar consequências no restante do organismo, fragilização do paciente e assegurar o sucesso do tratamento do câncer. Desta forma, se o coração ou outro órgão estiver entrando em insuficiência, é possível medicar e prevenir - evitar antes que aconteça.

TB – Quais são os convidados do IV Simpósio de Cárdio-Oncologia que acontece dia 26 de novembro, no Vidam Hotel, em Aracaju? TC – Os cardiologistas Renato Lopes (Duke University), Ariane Macedo e Carolina Silva (São Paulo) e Alexandre Varela (Paraná). Oncologistas: Dr Buzaid e Igor Morbeck; Hematologista: Dra. Cristiana Solza

TB – Como se sentiu com o convite-surpresa para fulgurar entre as mulheres que fizeram a diferença no país este ano, eleita pelo projeto Ladies Project de Empoderamento Feminino da multinacional Farmacêutica Novo Nordisk?
TC – Acreditei que se tratasse de engano, pessoa homônima. Apenas tenho dado o meu melhor para servir e aliviar o próximo, o que me torna enriquecida. Confirmei presença sensibilizada, para agradecer a distinta menção. Ocorre neste fim de semana.