23/08/2019 as 18:52

CUSTO/BENEFÍCIO

Hostels são alternativas de hospedagens que atraem turistas para Sergipe

Conheça essa categoria de hospedagem que proporciona muito além de um quarto

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O que não falta em Sergipe são pontos turísticos. De praias a centros históricos, os atrativos chamam a atenção dos turistas que procuram o estado como refúgio. Na hora de escolher a hospedagem, os hostels têm sido uma alternativa para tornar a viagem mais acessível, pois possui estrutura, em alguns pontos, semelhantes a um hotel, porém, com alguns diferenciais como quartos, banheiros e até cozinha compartilhados, tornando o preço das diárias bem mais atrativo.

A recepcionista de um hostel localizado no bairro Atalaia, Maria Jô Casta, conta que o seu local de trabalho foi o primeiro do estado. Inaugurado em dezembro de 2012, ele é bastante movimentado em períodos festivos. Dispondo de cozinha compartilhada, dormitórios femininos e masculinos e suítes privativas com capacidade de até seis pessoas, o local é marcado pela cultura de Sergipe registradas nas paredes. “Não tinha nenhum estabelecimento no local com essa característica de trazer pessoas de fora e que tivesse essa interação entre elas. Um lugar que trabalhasse mais a cultura do estado”, explica.

Ainda no mesmo bairro, há ainda outro hostel que é mais uma opção de hospedagem acessível e próximo aos pontos turísticos. Com quartos privados e compartilhados, área de interação e cozinha sempre disponível, a intenção dos proprietários é fazer o hóspede se sentir em casa. “Aqui nós temos banheiros compartilhados, os quartos são divididos em feminino e masculino e também temos as áreas que são comuns. A nossa cozinha é compartilhada. O pessoal pode usar geladeira, panela, fogão, o que precisar está à disposição dos hóspedes. A nossa proposta é fazer o pessoal se sentir em casa fora de casa”, relata o gerente, Jordan Novaes.

Empreendimento familiar, o local surgiu da ideia de montar um negócio, no qual ainda não se sabia o que fazer. “A gente percebeu que era interessante, que era viável e tinha também essa questão da economia. Estava em uma fase que ninguém queria gastar muito com viagem, então, tivemos esta iniciativa. Neste terreno tinha seis casas, uma onde minha família morava e as outras todas alugadas. Nós compramos todas elas, juntamos e fizemos uma reforma geral, que agora é o hostel”, relembra o gerente.

Experiência positiva

Antes procurados quase exclusivamente por solteiros e mochileiros, os hostels agora abrigam casais e até famílias inteiras, interessados nos preços atraentes que oferecem. O turista Rodrigo Silva, de São José dos Campos, São Paulo, por exemplo, está fazendo uma viagem de três semanas com sua companheira, Pamela Suguita. Ele conta alguns dos motivos pelo qual escolheu se hospedar em um hostel.

“Quem escolhe este tipo de hospedagem leva em consideração o fato de poder socializar com pessoas de outros lugares. O local traz um pouco mais da cultura do estado, não é simplesmente um quarto com televisão, mas é um quarto com televisão, com cozinha comunitária, com um espaço onde você pode socializar. Outro ambiente tem um cara tocando violão, com todo mundo junto. Lógico que tem a questão do custo, porque como a gente está fazendo uma viagem de três semanas, se formos pegar só hotel vai acabar ficando muito caro”, comenta. 

A capital sergipana é a última parada do casal, que está viajando de carro pelos estados nordestinos. “A gente resolveu fazer um passeio de carro começando em Recife e vindo até Aracaju. Pesquisamos, vimos que estava no roteiro e que tinha pontos turísticos bonitos por aqui. Estamos hospedados neste hostel na Atalaia, um lugar lindo e que é quase impossível não se render aos encantos”, conta Pamela. A turista elogiou ainda a organização e limpeza da cidade. “Comentamos ontem na caminhada a tarde que a praia é muito limpa. Já passamos por várias praias, como Porto de Galinhas, Maragogi, Praia dos Carneiros, São Miguel dos Milagres, e a gente achou aqui muito limpo, ainda mais por ser uma capital”, completa a turista.

Sobre o que viram e visitaram até então, o casal só fez elogios. “A impressão de quem vem do Sudeste é que Aracaju é uma cidade muito bem estruturada. Vimos em pesquisa a questão do Índice de Desenvolvimento Humano, e que todo mundo que vem tem vontade de ficar aqui, então, isso também deixou a gente bem curioso para conhecer a cidade. Todos os lugares que passamos o pessoal comenta que aqui é a orla mais bonita do Brasil e realmente é muito bonita. Tem muitos restaurantes, o Projeto Tamar, enfim, achamos que vale muito a pena conhecer”, enfatiza o casal.