08/04/2021 as 08:31

PAIXÃO

Syone Feitosa, a sergipana que tem a paixão pelo motociclismo desde criança

A entrevistada do caderno veículos do Jornal da Cidade de hoje, 8, é Syone Feitosa, ela tem 28 anos

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Sabe aquele hormônio liberado na corrente sanguínea que tem a função de atuar sobre o sistema cardiovascular e manter o corpo em alerta para situações de fortes emoções? Sim, vamos falar de adrenalina. A entrevistada do caderno veículos do Jornal da Cidade de hoje, 8, é Syone Feitosa, ela tem 28 anos, uma agenda lotada de compromissos – tem a medicina como missão – e um amor por motovelocidade que acelera o coração de quem escuta a história dela. Leia a entrevista a seguir.

JORNAL DA CIDADE - O Quando foi despertado esse amor pelo motociclismo?
SYONE FEITOSA: Desde cedo, meu pai – Major Feitosa – é Bombeiro Militar reformado e era o melhor motossocorrista de Sergipe. Não é porque é meu pai, mas ele era o melhor mesmo e esse amor pelo motociclismo acabou passando para mim. Tenho mais dois irmãos (um menino e uma menina), mas a apaixonada mesmo por moto sou eu.

JC: Você pilota há quanto tempo
SF: Piloto há 12 anos, mas tive um período na minha vida em que fiquei sem pilotar, depois de um acidente que sofri e o erro foi não subir logo na moto, porque aí a gente fica com medo de voltar. Mas voltei e já voltei com a pilotagem esportiva, que era meu sonho.

JC: Como conciliar a medicina e o amor pelo motociclismo?
SF: Trabalho na Estratégia da Saúde da Família pelo projeto Mais Médicos, em Indiaroba, que inclusive é um município nível 7 na faixa de pobreza. Já tentei ir de moto para o trabalho, mas é um pouco cansativo (risos), porque são 8 horas de trabalho, tem mochila, tem almoço... Enfim, nesse caso prefiro ir de carro, fazendo um rodízio com as colegas de trabalho.

JC: Você costuma viajar com a moto? Qual o tipo de percurso que você prefere?
SF: Temos grupos. O grupo que sou mais ativa é a AMO – Associação dos Motociclistas de Sergipe – e marcamos os ‘rolês’. Geralmente, aos domingos, nos encontramos em algum posto e fazemos um percurso que contemple muitas curvas, às vezes os rolês são mais curtos e às vezes pode levar até um fim de semana.

JC: Quais motos você já teve e qual moto você pilota agora?
SF: O ideal é realmente fazer uma escadinha e começar com motos com menor cilindrada, porque aí vamos adquirir a técnica sem correr tantos riscos. Eu já pilotei muita moto, já tive Biz (a pior motopilotagem, já que não tem o tanque como suporte para a perna), e alguns modelos de até 160 cilindradas. Depois pulei para a 300. Já tive também uma Fireblade de 1000 cilindradas, mas achei melhor seguir a escada. Hoje eu tenho uma Suzuki GSX-R 750.

JC: Como fazer na hora de colocar o pé chão com uma moto tão pesada?
SF: A única dificuldade é para colocar a moto na posição reta, mas isso vai depender muito do modelo da moto. A questão do peso não interfere.

JC: Existe altura para pilotar uma moto?
SF: Qualquer altura. Inclusive, tem uma geração bem jovem e aí eu destaco a piloto Alice Matos, de 10 anos, que é de Curitiba e compete na Júnior Cup Brasil. Pela idade, ainda não tem muita altura, mas pilota uma Yamaha R3, ou seja, altura não vai ser desculpa para quem realmente quer pilotar.