15/07/2022 as 08:33

AUMENTO

Almoço fora de casa custa, em média, R$ 46,11 em Aracaju

Valores foram divulgados em pesquisa da empresa Mosaiblac

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O trabalhador que precisar almoçar fora de casa deverá ter, pelo menos, R$ 50 dentro da carteira para arcar com o custo de uma refeição em restaurante em Aracaju. Segundo a pesquisa da empresa Mosaiclab, a capital sergipana está entre as mais caras quando o assunto é almoço fora de casa, com o preço médio de R$ 46,11 pela refeição. Conforme a pesquisa, Aracaju só perde para São Luis (MA) que registrou preço médio de uma refeição fora de casa de R$ 51,91; Rio de Janeiro (47,09); e Florianópolis (R$ 46,75).

A média de preço no Brasil é de R$ 40,64. Ainda conforme o levantamento, a média de preço registrada esse ano está 17,4% maior do que o cobrado em 2019, antes da pandemia. Para quem opta por almoço nas praças de alimentação de shoppings centers em Aracaju poderá encontrar o quilo de comida a partir de R$ 60.

No entanto, segundo análise do economista Luís Moura, locais menos sofisticados podem ofertar valores mais baixos do que esse na capital sergipana. “A pesquisa feita pela Mosaiclab observa os valores da alimentação fornecida para quem usa ticket de alimentação. Então, é possível encontrar um prato feito em Aracaju, mais barato do que a média que eles pesquisaram, de R$ 34,29. O problema é que as pessoas que consome nos restaurantes que aceitam ticket, com um grau de sofisticação maior, vai consumir produtos mais caros”, explica.

Ainda conforme Moura, de fato, a refeição fora de casa apresentou um salto considerável, mas, poderia ser ainda pior se os donos de restaurantes tivessem repassado para os clientes os custos com os aumentos registrados nos últimos anos, como gás, alimentação de uma forma geral e a matéria prima. “Tiveram aumentos muito acima da inflação, como a carne, o feijão o arroz. Os produtos do dia a dia de qualquer restaurante, em qualquer cidade brasileira, tiveram aumento. Muitas vezes os donos do restaurante não repassaram todo o custo para os pratos sob pena de perder a clientela. Então às vezes os restaurantes cortaram o custo de pessoal, diminuíram o número de garçons e de atendente no estabelecimento para não reajustar de forma integral os custos com alimentação. Isso é uma situação que aconteceu em todos os estados do Brasil. Comer fora de casa está extremamente caro. Não é por outro motivo que as pessoas têm de reduzir as suas idas restaurante”, diz o economista.

 

|Por Laís de Melo

|| Da Redação JC