Postos não aderem à redução de preços adotada pela Petrobras

Na semana passada, a Petrobras anunciou um reajuste no preço dos combustíveis que poderá impactar na redução de até R$ 0,35 no litro da gasolina e em R$ 0,27 no óleo diesel. No entanto, Sergipe é um dos Estados que poderá não se beneficiar dessa queda nos preços. Isso porque a refinaria que abastece o Estado, a Acelen, localizada em Mataripe (BA), foi privatizada durante o governo Bolsonaro, portanto não faz mais parte da estatal e pratica a própria política de reajuste de preços, com base nas oscilações do barril do petróleo internacional e no câmbio do dólar.

De acordo com o secretário executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo em Sergipe (Sindpese), Maurício Cotrim, é necessário aguardar para saber como as distribuidoras que fornecem combustíveis irão aplicar os reajustes no Estado nos próximos dias. “É bom esclarecer que aqui para Sergipe nós temos uma dependência da refinaria de Mataripe, que foi privatizada desde dezembro de 2021 e que não faz mais parte da Petrobras.

A Acelen, ao contrário da Petrobras, tem feito ajustes semanais acompanhando as oscilações do barril de petróleo e do campo do dólar. Como nós temos uma dependência muito grande pela capacidade de produção da refinaria de Mataripe, hoje os preços da Petrobras não são determinantes no mercado, principalmente no Nordeste. Como estamos mais próximos da Bahia, a maior parte do suprimento vem de lá”, explica Cotrim. Dessa forma, é necessário “aguardar para ver como as distribuidoras vão atualizar seus estoques para entender, na prática, qual será de fato a redução para a revenda, já que o revendedor só pode fazer repasse de reajuste a partir do momento em que ele passa a comprar mais barato”.

A notícia, que seria motivo de comemoração entre os consumidores, pode não ser tão positiva assim para quem vive em Sergipe e Bahia. Em Aracaju, alguns postos de combustíveis apresentam valores menores nesta quarta-feira, 17, com gasolina custando R$ 5,05, por exemplo.