Cemitério São João Batista passa a contar com um cadastro digital

|Foto: Alberto Cézar.

O Cemitério São João Batista, um dos mais tradicionais de Aracaju, vem passando por diversas mudanças nos últimos anos com o objetivo de oferecer um melhor atendimento à população e otimizar a gestão do local. Uma das principais novidades, implementadas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), é o sistema de georreferenciamento, que permite a consulta online da localização precisa de entes sepultados em jazigos e gavetas.

Por meio da ferramenta denominada Siscart, disponível no site aracaju.sicart.com.br/webgis, familiares e amigos podem facilmente consultar o setor de sepultamento simplesmente inserindo o nome completo do falecido. Além disso, é possível verificar se o corpo já foi exumado.

O gerente de Espaços Públicos da Emsurb, Igor Melo de Almeida, explica que, além de auxiliar familiares e amigos, o sistema proporciona um controle interno eficiente para a administração do cemitério. “Antes, a gente tinha que contar gaveta por gaveta, porque tudo era manual. Havia falta de gerenciamento, muitos corpos com mais de oito, dez anos que não tinham sido exumados. Agora, existe mais rigor na contagem e na identificação, otimizando o fluxo de entrada e saída”, destaca Igor.

No cemitério São João Batista são realizados cerca de 150 sepultamentos por mês, demonstrando a alta demanda pelo espaço. Com 68 blocos de gavetas e um total de 4.527 vagas, das quais cerca de 570 ainda estão disponíveis, o cemitério também possui 1.664 jazigos perpétuos e um depósito de ossos.

Reforma
Nos últimos anos, o Cemitério São João Batista passou por significativas melhorias, principalmente em resposta às necessidades geradas pela pandemia de covid-19. Foi construído um novo depósito de ossos, mais arejado e ventilado, com uma sala de exumação adequada. “As mudanças no cemitério São João Batista visam torná-lo um local mais organizado, eficiente e humanizado. A Prefeitura de Aracaju acredita que a modernização do espaço é fundamental para oferecer um melhor atendimento à população e garantir o respeito aos sepultados e seus familiares”, comenta Igor.

Políticas de sepultamento e exumação
A política de sepultamento foi ajustada com um decreto recente que limita os sepultamentos no São João Batista apenas aos munícipes. Ao fazer a solicitação presencialmente, os familiares são informados sobre o prazo de exumação de dois anos, definido em legislação. Para facilitar a retirada pelos familiares, os ossos exumados são mantidos em prateleiras numeradas e etiquetados com o nome do sepultado, número da gaveta, data de nascimento e falecimento, destino e data de exumação. Uma vez acomodados no depósito de ossos, os restos mortais ficam guardados à espera dos familiares por mais um ano.

Ao expirar o prazo, a ossada é levada para incineração ou é doada para fins científicos. Os familiares têm a opção de adquirir um ossuário próprio. Para isso, é necessário apresentar os documentos de RG, CPF do requerente, comprovante de residência válido e certidão de óbito, todos originais e cópias. “Antigamente, qualquer pessoa poderia ser sepultada lá. Contudo, a época da pandemia nos impulsionou a criar esse sistema para termos mais controle da quantidade de sepultamentos, sendo exclusivo para os munícipes”, explica Igor.