15/05/2025 as 08:02

JUSTIÇA

Médica suspeita de envolvimento na morte de marido tem prisão domiciliar

A medida foi tomada após a apresentação de novas provas pela defesa, incluindo vídeos que mostram agressões e episódios de violência doméstica sofridos por Daniele.

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A médica cirurgiã Daniele Barreto de Oliveira, investigada como suposta mandante do assassinato do ex-marido, o advogado José Lael, deixou o Presídio Feminino, em Nossa Senhora do Socorro, na manhã desta quinta-feira (15). A decisão foi do ministro ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após a apresentação de novas provas pela defesa, incluindo vídeos que mostram agressões e episódios de violência doméstica sofridos por Daniele.

Ela saiu pela lateral da unidade, na parte de trás de uma viatura e acompanhada por sua defesa. aniele Barreto foi presa no dia 13 de novembro por encomendar o assassinato do advogado José Lael de Souza Rodrigues Junior, segundo a polícia.

A defesa da médica apresentou provas que indicaram um histórico de violência doméstica por parte da vítima. Na entrevista, concedida na manhã desta quinta, a uma emissora de rádio local, o advogado Dr. Claudio Dalledone reforçou os argumentos. “Lael foi o artífice do seu próprio extermínio”, foi o que afirmou. ” A equipe que trabalhou diretanmente no STF utilizou esta prova produzida de que ela sempre foi esta mulher violentada, estuprada, tinha seu ir e vir cerseado, apanhava, era estrangulada”, relatou.

Dr. Claúdio Dalledone citou ainda que a decisão foi pensada também para que a médica Danielle cuidasse do filho, o qual estaria sendo alvo devido a uma herança familiar.

Relembre o caso

Na noite de 18 de outubro, o advogado criminalista Lael Rodrigues Júnior foi assassinado a tiros dentro de um veículo no bairro Jardins, zona sul de Aracaju. O filho da vítima estava dentro do carro e foi atingido, passou por uma cirurgia e está se recuperando.

De acordo com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o filho conseguiu chegar ao Hospital Primavera em busca de socorro, mas o advogado faleceu pouco depois de dar entrada na unidade.

Ao total, sete pessoas foram presas por suspeita de envolvimento na morte do advogado. No dia 12 de novembro, cinco pessoas foram detidas: a viúva da vítima, a Dra. Daniele Barreto, a secretária dela e a amiga dela. Também foram presos dois homens, que seriam os executores do crime.

No dia seguinte, 13 de novembro, outros dois suspeitos foram detidos também por suspeita de envolvimento na morte do advogado.