Oftalmologista chama atenção para cuidados com a conjuntivite

No próximo dia 10 de julho é o Dia Nacional da Saúde Ocular, uma data voltada à conscientização sobre a importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado de doenças que afetam a saúde da visão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 2,2 bilhões de pessoas no mundo têm algum grau de deficiência visual — e ao menos 1 bilhão desses casos poderiam ter sido evitados ou ainda não foram tratados corretamente.

No Brasil, uma das condições oftalmológicas mais comuns é a conjuntivite, segundo o Ministério da Saúde. A doença é uma inflamação da membrana que reveste a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras, podendo ser causada por vírus, bactérias ou fatores alérgicos.

De acordo com a médica oftalmologista Dra. Érika Gois, do Hospital de Olhos Rollemberg Gois (HORG), embora muitas vezes seja tratada como algo simples, a conjuntivite exige atenção. “As principais complicações, quando não tratada corretamente, são ceratite (inflamação da córnea), úlceras de córnea, opacidades corneanas e até perda de visão. Por isso, qualquer alteração nos olhos deve ser avaliada por um especialista”, alerta Dra. Érika.

A oftalmologista alerta ainda que a conjuntivite pode afetar permanentemente a visão. “Embora geralmente não seja grave, a conjuntivite pode apresentar complicações e sim, pode afetar a visão permanentemente, caso não receba o tratamento adequado”, reforça a oftalmologista.

Dra. Érika explica que existem três tipos principais de conjuntivite, cada um com características específicas: Conjuntivite viral, conjuntivite bacteriana e conjuntivite alérgica, e para distinguir corretamente entre os tipos, é fundamental a avaliação de um médico oftalmologista, orienta a médica.

Transmissão e prevenção

Nas formas viral e bacteriana, o contágio ocorre pelo contato direto ou por meio de secreções oculares. “Essas formas são altamente contagiosas. Por isso, é essencial evitar o compartilhamento de objetos pessoais, manter a higiene das mãos e não coçar os olhos”, recomenda a especialista.

Já a conjuntivite alérgica não é contagiosa, mas também merece atenção. “Nesse caso, a prevenção passa por evitar a exposição a alérgenos, como ácaros, pólen, pelos de animais e produtos químicos que possam desencadear reações”, explica.

Dra. Érika destaca que a saúde ocular deve ser parte da rotina de cuidados com o corpo: “Lavar as mãos com frequência, evitar levar as mãos aos olhos e manter os exames oftalmológicos em dia são atitudes simples, mas que ajudam a preservar a saúde da visão e evitar complicações como a conjuntivite”, conclui.