Especialista alerta para os riscos dos métodos virais de “debloating facial”

O termo “debloating facial” tem ganhado popularidade nas redes sociais como um conjunto de técnicas para reduzir o inchaço no rosto e promover uma aparência mais fina e definida. Esse inchaço pode resultar de diversos fatores, como retenção de líquidos, noites mal dormidas, excesso de sódio na alimentação, consumo de álcool, alterações hormonais ou processos inflamatórios.

Entre os métodos mais difundidos estão massagens faciais com gua sha ou rollers de jade, drenagem linfática, uso de chás diuréticos, compressas geladas e, recentemente, a imersão do rosto em bacias com gelo — prática que viralizou no TikTok prometendo um “efeito lifting” imediato.

No entanto, especialistas alertam para os perigos dessas práticas quando realizadas sem orientação adequada. A dermatologista Dra. Juliana Oliveira destaca que muitas dicas são simplificadas e compartilhadas por influenciadores sem formação na área da saúde, o que pode causar efeitos indesejados, como irritação, rompimento de vasos, acne cosmética e até flacidez precoce, especialmente se as massagens forem feitas de forma inadequada.“O uso exagerado de produtos oleosos e a fricção excessiva podem comprometer a barreira da pele, principalmente em pessoas com rosácea ou dermatite”, explica a especialista.

Quanto à imersão do rosto em gelo, embora a vasoconstrição temporária possa reduzir o inchaço, o contato direto com o frio intenso pode provocar queimaduras, manchas escuras e aumento da vermelhidão, especialmente em peles sensíveis ou claras.

Além disso, o inchaço facial persistente pode ser sinal de problemas mais sérios, como distúrbios hormonais, renais, tireoidianos, alergias ou efeitos colaterais de medicamentos. Por isso, é essencial buscar avaliação médica quando o sintoma for frequente ou acompanhado de outros sinais, como dor, assimetria ou manchas.

Na era das soluções rápidas e dos vídeos virais, o cuidado com a pele requer conhecimento, paciência e responsabilidade.