Projeto quer coibir arquitetura hostil em Aracaju

O vereador Breno Garibalde (União Brasil) protocolou um projeto de lei que coíba a arquitetura hostil em Aracaju. A proposta foi feita para impedir o uso de elementos excludentes e que possam tornar a cidade mais acolhedora para a população. Pelas redes sociais, Breno Garibalde, que tem formação em arquitetura e urbanismo, vem mostrando como a infraestrutura da capital é desenhada.

Na oportunidade, o vereador apontou exemplos de espetos em muretas e banco das praças divididos. “Acabam que impedindo as pessoas de sentarem. Um idoso andando na rua, que precisa descansar e não pode sentar porque os espetos não permitem. Ou até mesmo uma pessoa em situação de rua que não pode deitar em um banco”, comentou ontem, antes de começar a sessão na Câmara.

De acordo com Breno Garibalde, é preciso evitar que isso se propague. “Esse debate tomou mais força lá em São Paulo, com o Padre Júlio Lancelotti, que tem um trabalho social incrível, ajudando as pessoas que mais precisam e combatendo a arquitetura hostil, bem como a aporofobia – aversão àqueles em situação de pobreza”, registrou. Breno Garibalde apelou aos demais vereadores para que o projeto de lei seja aprovado na Câmara de Aracaju. “Que a gente possa avançar nesse debate importante. Todo mundo deve ter seus direitos fundamentais garantidos e a cidade deve ser pensada para todas as pessoas, não somente para aquelas que consomem, votam, etc.”, reforçou.

Plano diretor Na sessão da Câmara, Breno Garibalde reforçou a necessidade da revisão do Plano Diretor da capital. “O plano está empacado! Eu vou cobrar todo dia essa revisão. A gente sabe que Aracaju pode sofrer muito com a questão dos grandes edifícios, sem um planejamento”, concluiu.