10/10/2022 as 08:17
ENTREVISTANesta entrevista ao Jornal da Cidade, ele destacou que continua com o apoio de 63 prefeitos e avalia que o governador Belivaldo Chagas, seu correligionário, teve papel importante no primeiro turno – e terá no segundo
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Para Fábio Mitidieri, que disputa o governo de Sergipe pelo PSD, o segundo turno é uma nova oportunidade, onde o eleitor pode comparar melhor suas opções, com um número menor de candidatos. Nesta entrevista ao Jornal da Cidade, ele destacou que continua com o apoio de 63 prefeitos e avalia que o governador Belivaldo Chagas, seu correligionário, teve papel importante no primeiro turno – e terá no segundo. Apesar disso, ele deixa claro: não somos a mesma pessoa. Também nesta conversa ele fala sobre suas propostas, que focam na geração de emprego e no combate à fome. Confira a seguir:
JORNAL DA CIDADE - O senhor tem ao seu lado o deputado estadual Zezinho Sobral como vice-governador. Qual a importância dele no seu time? FÁBIO MITIDIERI - Zezinho Sobral é um player especial no nosso agrupamento. Está 100% engajado no nosso plano de governo, conhece a máquina pública, tem serviços prestados em todos os municípios e tenho certeza de que me ajudará bastante com sua experiência na vice-governadoria. Zezinho é técnico, com uma enorme capacidade de trabalho. Foi secretário da Saúde e colocou o Samu de Sergipe como o melhor do Brasil, organizou a fila da radioterapia, arrumou a Ala Azul do Huse, assinou a ordem de serviço para a construção do bunker que abriga o segundo aparelho de radioterapia do Huse, criou protocolos de quimioterapia; organizou a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes. Foi com ele na Inclusão que Sergipe foi o pioneiro do Brasil a implantar o Criança Feliz, programa que cuida dos nossos pequenos na primeira infância. Sem falar de toda a experiência na Agricultura, Casa Civil, Pronese e, claro, como deputado na Assembleia Legislativa. Zezinho é ficha limpa e vamos fazer um governo de renovação.
JC - Sua coligação fez 16 deputados estaduais que estarão na Alese a partir de janeiro. Mesmo com o expressivo número que estará na sua possível bancada, como será o relacionamento do seu eventual governo com o Legislativo estadual?
FM - Trabalharei com total respeito e transparência, respeitando os poderes e entendendo o seu papel na sociedade. Nossa prioridade é cuidar do povo, dar resultados para o povo, atender o povo. Com uma bancada tão sólida vamos ter um excelente índice de governabilidade, o que vai facilitar o processo de renovação que estamos propondo à sociedade. Além disso, elegemos também uma boa bancada no Congresso Nacional, que facilitará e muito a busca por recursos para viabilizar os nossos projetos para Sergipe.
JC - Muitos acreditam que o segundo turno é uma campanha nova. O senhor pensa dessa forma? Como está o desenvolvimento da caminhada?
FM - O cenário é outro. No primeiro turno o sergipano tinha muitos nomes na disputa. Faz parte da democracia. Agora são dois candidatos. Tudo muda. A sociedade sergipana vai ter a chance de comparar os candidatos, pesquisar suas trajetórias e ver quem de fato é preparado para assumir o Governo do Estado, que é uma grande responsabilidade. No primeiro turno fizemos uma campanha linda, propositiva, limpa e respeitosa. Nas ruas, a torcida e o carinho impressionavam. Isso me deixava cada vez mais motivado. Agora, no segundo turno, seguimos firmes, com engajamento ainda maior. Somos o time que botará comida na mesa das famílias, vai gerar emprego para os jovens e adultos, vai qualificar profissionalmente o sergipano que quer progresso, vai cuidar da saúde, das escolas, dos professores, fazer Sergipe avançar. É por isso que temos recebido tantos apoios importantes, como o do Senador Alessandro Vieira. Os sergipanos estão mostrando que entendem a nossa mensagem e querem renovar a política.
JC - Quais são as suas principais propostas para Sergipe?
FM - Eu quero ser o governador do emprego e da comida na mesa de quem precisa. Pra isso vou criar o maior programa de primeiro emprego de Sergipe, em parceria com a iniciativa privada. Temos também as condições de dar início a um novo ciclo de desenvolvimento no Estado a partir da exploração do petróleo e gás em águas profundas, e para isso vamos implantar o Complexo Portuário- -Industrial, atraindo empresas e gerando empregos e oportunidades de negócios. Além disso, vamos estabelecer parcerias com os municípios para gerar desenvolvimento em todo o Estado, sobre uma base participativa, conjunta. Por exemplo, vamos ajudar os municípios a fortalecer a atenção básica na saúde, e implantar três novos centros de diagnósticos por imagem nas principais regiões, além do Complexo Materno-Infantil em Aracaju. Nós também vamos duplicar o número de escolas em tempo integral. E vamos ampliar significativamente os programas de assistência social e de transferência de renda. Vamos expandir o cartão CMais e o Mão Amiga para alcançar mais segmentos sociais, por exemplo, distribuir o Vale-Gás Estadual, entre muitos outros, para garantir que cada sergipano possa viver com dignidade, longe da fome.
JC - O senhor é o candidato do governador Belivaldo Chagas e do grupo político que governa Sergipe há 16 anos. Por que o senhor insiste no discurso de avanço?
FM - Quem renova a vida e faz ela avançar são as pessoas. Eu sou Fábio Mitidieri, e tenho minhas próprias ideias, que coloquei para debate diante da sociedade sergipana. Eu me preparei para ser governador. Conheço bem o setor privado e a administração pública, o Legislativo, e tenho as ideias necessárias para fazer Sergipe avançar, sem deixar ninguém para trás. O governador Belivaldo fez um governo necessário, saneando o Estado que recebeu em frangalhos, regularizando o pagamento dos servidores. Por isso, eu insisto na continuação das políticas públicas que deram certo. Quero continuar e ampliar os atuais programas de transferência de renda, continuar honrando o pagamento dos salários dos servidores, mantendo as contas do Estado em dia. Eu agradeço o apoio do governador Belivaldo Chagas na minha campanha, ele teve papel importante no primeiro turno e também terá no segundo, mas nós não somos a mesma pessoa. Eu vou continuar com o que está dando certo, corrigir o que está errado e fazer o que não está sendo feito.
JC - O senhor também vai continuar com o apoio dos 63 prefeitos sergipanos, incluindo Edvaldo Nogueira e Padre Inaldo?
FM - Com certeza! O apoio de todos os prefeitos foi fundamental para a nossa campanha no primeiro turno e continuará no segundo turno. Meu governo vai ser um governo republicano, que vai ouvir os municípios e buscar parcerias para fazer Sergipe avançar e melhorar as vidas das pessoas. Meu governo será parceiro de todos os municípios e os prefeitos sabem que é assim que eu me comporto. Especialmente, quero que nosso governo atue em parceria com as cidades da região metropolitana – Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, São Cristóvão, Barra dos Coqueiros, Itaporanga –, pois são cidades que possuem problemas comuns e que podem ser resolvidos conjuntamente. Questões de infraestrutura, saneamento, saúde e transporte público, por exemplo, podem ocupar uma agenda comum com o governo estadual, buscando soluções coletivas e ações conjuntas. Essa mesma lógica pode funcionar em algumas regiões, onde cidades circunvizinhas podem buscar soluções coletivas para os seus problemas. Para isso, é importante que todas as lideranças estejam unidas para trabalhar pelo futuro de Sergipe e do povo sergipano, afinal, temos o mesmo objetivo: desenvolver, gerar emprego e combater a fome.
|Por Max Augusto
||Foto: Divulgação