‘Definitivamente, esse é o governo das mulheres’, afirma Danielle Garcia

Com a formação do secretariado, a delegada Danielle Garcia passou a integrar a equipe do governador Fábio Mitidieri, ocupando a pasta da secretaria especial de políticas para as mulheres. Nesta entrevista, ela fala sobre os planos para este ano e o que ela pensa que pode ser executado na defesa dos direitos das mulheres sergipanas.

JORNAL DA CIDADE - Muito se fala em renovação política em Sergipe com a eleição de Fábio Mitidieri, inclusive com a expectativa de um novo modelo de gestão do Estado. Para a senhora, enquanto secretária de Estado, o que isso vai representar para o povo sergipano?
DANIELLE GARCIA – Isso representa a esperança de um novo tempo para o nosso Estado. Foi justamente esse compromisso firmado pelo governador Fábio Mitidieri que fez os sergipanos o escolherem para administrar Sergipe pelos próximos quatro anos, promovendo as ações necessárias para o Estado avançar em todas as áreas. Para isso, ele montou um time qualificado de secretarias e secretários e diretores de órgãos estaduais que, com a mesma força de vontade e dedicação, vai trabalhar diariamente para que as sergipanas e os sergipanos possam ter mais qualidade de vida.

JORNAL DA CIDADE - Qual a sua avaliação da participação das mulheres no atual governo?
DG – Definitivamente esse é o governo das mulheres, que estão ocupando espaços e sendo protagonistas. São seis secretárias de Estado e várias outras mulheres em cargos de direção. Pela primeira vez na história Sergipe conta com uma mulher no comando de uma pasta tão estratégica como a Fazenda. Na chefia do Gabinete Militar temos a major Anne, além de várias mulheres em postos de comando da PM. Tudo isso mostra o compromisso do governador Fábio Mitidieri em garantir que nós mulheres tenhamos esse protagonismo para contribuir com a sua gestão, trabalhando pelo desenvolvimento do Estado e a melhoria da qualidade de vida da população. A recriação da Secretaria de Políticas para as Mulheres também é, sem dúvidas, um marco na gestão de Fábio.

JC – O que a motivou aceitar o convite do governador Fábio Mitidieri para ser secretária da pasta voltada para as mulheres em sua gestão?
DG – A possibilidade de ampliar a luta para que os direitos das mulheres sejam respeitados e tenhamos um maior protagonismo feminino. Pautas que sempre defendi e continuarei defendendo. Inclusive, esses foram compromissos firmados pelo governador Fábio quando discutimos o nosso apoio à sua candidatura no segundo turno. Por isso, fiquei muito feliz com o convite para fazer parte de sua gestão, especialmente na pasta responsável por elaborar e implementar políticas públicas voltadas para as mulheres.

JC – E o que os sergipanos podem esperar da sua atuação como secretária da Mulher?
DG – A mesma dedicação, compromisso e responsabilidade com que sempre atuei nas funções profissionais para as quais fui designada. Diariamente vamos lutar para que, em todas as áreas do governo, em todos os municípios, possamos desenvolver nosso trabalho voltado para a dignidade e respeito aos nossos direitos.

JC – De que forma a experiência que possui contribuirá para a atuação nessa área?
DG - Enquanto mulher, conheço bem os desafios que temos que enfrentar diariamente para que tenhamos nossos direitos respeitados e superar as adversidades para alcançar o protagonismo na sociedade. E é toda essa bagagem que trago, junto com minha experiência profissional, para que possamos desenvolver, por meio desta secretaria especial, as políticas públicas que assegurem às mulheres o acesso à Saúde preventiva, à capacitação e empreendedorismo, o combate à violência contra elas, seja de qual tipo for, entre outras ações positivas.

JC - Quais são os principais objetivos para esse início de gestão?
DG – A gente vem, durante a transição, fazendo um levantamento dos projetos que vêm sendo desenvolvidos pelo Governo do Estado voltados para as mulheres para verificar como podemos melhorar e ampliar, além do que pode ser implementado. Também estamos discutindo as diretrizes da nova pasta com vários segmentos da sociedade para que possamos determinar uma linha de trabalho da secretaria. O que podemos assegurar é que todo o trabalho desenvolvido tem como objetivo principal estruturar a nova secretaria para atender as sergipanas de todo o Estado, garantindo o cumprimento de seus direitos. Com esta nova secretaria, elas terão uma maior atenção do Estado, com a manutenção e ampliação do que já vem sendo executado e a implementação de novos projetos dedicados a elas.

JC – A senhora vem falando que a SPM vai atuar em parceria com as demais secretarias. Como isso vai funcionar na prática?
DG – A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres é uma pasta nova que, como foi criada agora, não terá orçamento próprio neste primeiro ano. Vamos compartilhar do orçamento da Secretaria de Estado da Assistência Social e Cidadania. É um desafio que vamos superar justamente com essa intersetorialidade com as demais secretarias, planejando ações e projetos que atendam às sergipanas nas mais diversas áreas.

JC – Esse diálogo com os demais secretários já está ocorrendo?
DG – Sim, desde a transição, quando o governador Fábio confirmou os nomes do secretariado. E os trabalhos tiveram continuidade na primeira semana da nova gestão, traçando algumas metas para levar benefícios às mulheres do nosso Estado. Conversamos com a secretária da Assistência Social e Cidadania, Érica Mitidieri, com quem teremos uma atuação mais próxima, e também discutimos parcerias com o secretário Walter Pinheiro, da Saúde; Jorge Teles, da Secretaria de Trabalho; Mariana Dantas, do Esporte e Lazer; João Eloy, da Segurança Pública; e Viviane Pessoa, da Justiça. E esse diálogo entre secretários e demais órgãos para alinhamento de ações será permanente, como determinou o governador Fábio Mitidieri.

JC – E como a SPM vai planejar as ações para atender as demandas das mulheres sergipanas?
DG – Vamos criar, a princípio, quatro diretorias: o Observatório da Mulher, Direitos da Saúde, Proteção da Mulher e a de Empreendedorismo Feminino. A partir delas, vamos planejar políticas públicas para as mulheres, sempre baseadas em dados. E qualquer pauta que surja e que não esteja dentro destas diretorias faremos a interface com a respectiva secretaria para que a política pública seja executada. Por exemplo, queremos promover ações com a Carreta da Mulher, em parceria com a Secretaria da Saúde, para realizar exames preventivos, como o de mamografia, na capital e nos municípios do interior do Estado.

JC – Levando-se em conta toda sua trajetória enquanto delegada de polícia, as sergipanas podem esperar uma atuação especial no combate à violência contra a mulher?
DG – Vamos atuar para fortalecer todas as políticas públicas voltadas às mulheres e, com toda certeza, tudo o que se refere ao combate à violência contra a mulher, seja ela qual for. Para isso, vamos atuar em conjunto com a Segurança Pública, a Saúde e a Educação para conscientizar as mulheres dos diversos tipos de violência e orientá-las para que denunciem esses crimes, seja um assédio, agressão física, sexual ou de qualquer natureza. Além disso, ampliar os sistemas de proteção às vítimas e garantir a punição de quem cometer este tipo de crime.

JC – A SPM vai buscar o apoio das parlamentares mulheres, inclusive na captação de recursos, para o desenvolvimento das ações?
DG – Não apenas das mulheres, mas de todos os parlamentares. Vamos buscar o apoio das mulheres e homens que foram eleitos para representar os cidadãos sergipanos, seja a nível municipal, estadual e federal. Inclusive, já demos os primeiros passos neste sentido antes mesmo de tomar posse. Estivemos em Brasília em busca de informações sobre projetos e captação de recursos voltados à garantia do bem-estar, da segurança e dos direitos das mulheres. E vamos manter o contato direto e constante com o Governo Federal e para isso contamos com o apoio dos nossos parlamentares, para que possamos implementar mais políticas públicas para as mulheres nas mais diversas áreas em nosso Estado.