10/02/2025 as 10:00

ENTREVISTA

“Nossa luta é pela reeleição de Fábio em 2026”, Jeferson Andrade

Ainda com o JC, ele adiantou como deverá ser o caminho da ALESE e registrou a necessidade de viabilizar projetos para Sergipe- como os novos investimentos previstos no setor de petróleo e gás e o canal de Xingó.

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Por Mayusane Matsunae

Na edição de final de semana do Jornal da Cidade, o deputado estadual Jeferson Andrade (PSD), mais uma vez empossado para a direção da mesa diretora da Assembleia Legislativa de Sergipe (ALESE), detalhou como deverá ser feita a atuação neste biênio. Segundo o presidente da casa, a gestão é “de continuidade”. Ainda com o JC, ele adiantou como deverá ser o caminho da ALESE e registrou a necessidade de viabilizar projetos para Sergipe- como os novos investimentos previstos no setor de petróleo e gás e o canal de Xingó. Além disso, destacou a construção de diálogos entre as diferentes bancadas e partidos. Já sobre o cenário político, Jeferson Andrade defende o nome de Fábio Mitidieri (PSD) para a próxima eleição. Confira o conteúdo completo:

JORNAL DA CIDADE - Quais são suas principais metas para esta nova gestão da Mesa Diretora?

JEFERSON ANDRADE - A nossa gestão é de continuidade. O trabalho da Mesa teve início em 2023, passou por 2024, entrou agora em 2025 e segue até o fim de 2026, com resultados positivos para a sociedade sergipana. Por meio do diálogo,do entendimento e do respeito às posições de cada um dos 24 deputados e deputadas, temos avançado na aprovação de projetos fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do estado e temos liderado a pauta estadual do fortalecimento da cidadania e da defesa da democracia. Vamos até o fim nesse caminho, que está dando certo.

JC - Como pretende fortalecer a representatividade dos deputados junto à população sergipana?
JA - Como representantes do povo sergipano, os deputados e as deputadas se valem, legitimamente, das sessões, debates, palestras, seminários e outros eventos no âmbito da Assembleia Legislativa para projetar a sua atuação em defesa dos interesses do estado e da população. Para se ter uma ideia, a Assembleia realizou no ano passado 115 sessões ordinárias, 116 sessões extraordinárias e 73 sessões especiais. Foram aprovadas 1.815 proposituras. O nosso compromisso é ampliar cada vez mais esses espaços de discussões de temas relevantes para o fortalecimento da atividade legislativa e da ação parlamentar.

JC - Quais os maiores desafios que a Assembleia Legislativa vai enfrentar no próximo período?
JA - Cada ano com seus desafios. No primeiro biênio, a Assembleia Legislativa entregou a Sergipe muita coisa fundamental para o presente e para o futuro do estado, seja em forma de projetos de lei de autoria do governo, do Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública e do Tribunal de Contas, seja em forma de proposituras de iniciativa dos próprios parlamentares, tudo aprovado por maioria ou por unanimidade. Mas ainda há muito o que fazer neste e no próximo ano para transformar realidades e melhorar a vida dos cidadãos. Posso dizer que a Alese estará sempre atenta aos movimentos do nosso tempo e comprometida com o novo processo de desenvolvimento do nosso Estado.

JC - Como pretende aprimorar a transparência e o diálogo com a sociedade civil?
JA - Desde que assumimos a presidência da Assembleia Legislativa, colocamos em prática o plano voltado para a modernização administrativa e legislativa, com o objetivo de justamente fortalecer a transparência, apoiar as ações parlamentares e valorizar os nossos servidores. O ponto central desse processo é o investimento em tecnologia, o treinamento de pessoal e o fortalecimento da comunicação pública e responsável. Adotamos as boas práticas da gestão pública reconhecidas nacional e internacionalmente. As portas físicas e digitais da Assembleia estão sempre abertas a todos os segmentos da sociedade civil organizada.

JC - Que projetos de lei considera prioritários para o desenvolvimento de Sergipe?
JA - Sem dúvida, Sergipe vive uma nova era no seu desenvolvimento econômico e social, sob o governo do jovem e competente Fábio Mitidieri, que trabalha intensamente para melhorar as condições de vida dos sergipanos, com a cooperação institucional da Assembleia Legislativa. Empréstimos para o governo tocar importantes projetos de infraestrutura, mobilidade urbana, combate à pobreza e valorização da cultura tiveram e terão o apoio dos deputados e deputadas. Tenho certeza que a Alese fará tudo que precisa ser feito para viabilizar grandes projetos para Sergipe, como os novos investimentos previstos para o estado no setor de petróleo e gás e o tão esperado Canal de Xingó. Sergipe pode contar conosco para implementar serviços públicos de mais qualidade, principalmente nas áreas da educação, saúde e assistência social. A luta por mais desenvolvimento, mais oportunidade de trabalho para o nosso povo e mais cidadania é contínua e estará sempre no radar da Assembleia.

JC - Como pretende agilizar a tramitação de matérias importantes para o estado?
JA - O processo legislativo tem um rito. A leitura das matérias, a discussão, a análise técnico-jurídica, o parecer das Comissões, a deliberação do Plenário - tudo para garantir a constitucionalidade, a legalidade e o direito da livre manifestação dos parlamentares. Procuramos dar a agilidade necessária à tramitação das proposituras, sem atropelar o processo legal e democrático. J
JC - Quais estratégias serão adotadas para otimizar o orçamento da Assembleia?
JA - Na questão financeira, trabalhamos com planejamento e estratégia, zelando pela boa aplicação dos recursos públicos, para cumprir os compromissos e atender as necessidades próprias do Legislativo, sem desperdícios. Tudo que é planejado e definido com base em estudo de viabilidade gera economia e aumenta a eficiência. Nosso limite é o orçamento; nossa meta é o serviço público de qualidade.

JC - Como pretende equilibrar os gastos públicos com as demandas sociais?
JA - Dinheiro bem gasto não é dinheiro perdido. É investimento. E não há gasto melhor, mais digno, do que aquele destinado a atender às demandas da sociedade naquilo que é socialmente prioritário. Investir no cidadão é investir na vida. Temos os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal que somos obrigados a cumprir. Temos também que identificar as prioridades. Daí em diante é partir para a ação com espírito público.

JC - Como avalia a relação atual entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
JA - Ótima. Mantemos o diálogo e a harmonia com o Executivo e o Judiciário, respeitando a independência dos poderes. Eu diria que é um relacionamento republicano e institucional que tem gerado bons frutos para o nosso estado, com a implementação de políticas públicas para atender demandas econômicas, sociais e culturais que impactam positivamente na vida dos sergipanos.

JC - Como o senhor avalia o atual cenário político de Sergipe e as perspectivas para as próximas eleições?
JA - São grandes as nossas expectativas e boas as nossas esperanças. Saímos recentemente fortalecidos de uma eleição municipal disputadíssima, mas respeitosa. O nosso agrupamento político fez a maioria dos prefeitos e dezenas de vereadores. Sob a liderança do governador Fábio Mitidieri e ao lado dos nossos correligionários, aliados e amigos, estamos ampliando os horizontes para o nosso projeto por um Sergipe forte e desenvolvido. Nossa luta é pela reeleição de Fábio em 2026, para coroar o trabalho brilhante que ele vem fazendo pelo desenvolvimento do estado e bem-estar do nosso povo.

JC - O senhor tem sido citado como possível nome para compor a futura chapa de Fábio Mitidieri como vice-governador. Como vê essa possibilidade? JA - Claro que eu me sinto lisonjeado. Sei que há bons nomes no nosso agrupamento, mas, se o meu nome for o escolhido, ficarei honrado e atuarei para que, ao lado de Fábio Mitidieri, Sergipe continue crescendo e oferecendo uma melhor qualidade de vida para todos sergipanos.

JC - Como pretende construir diálogos entre diferentes bancadas e partidos?
JA - Dialogar é a essência da política no regime democrático. Negociar é o instrumento para se alcançar o êxito nos embates eleitorais. Respeitar opiniões, as mais divergentes entre si, fazem parte da boa prática política. No manual da minha vida política, dialogar, negociar e respeitar são mais que palavras; são princípios.