27/05/2025 as 16:31
NA ALESEDeputada ressaltou que, em grande parte dos casos, a gravidez precoce está relacionada a violências graves
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Durante a Sessão Plenária desta terça-feira (27), a deputada Áurea Ribeiro (Republicanos) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para abordar um tema de extrema relevância social: a gravidez na infância e adolescência. Em seu pronunciamento, a parlamentar destacou dados alarmantes do Ministério da Saúde, que revelam que uma menina de 10 a 14 anos se torna mãe a cada 30 minutos no Brasil.
“Ocupo esta tribuna hoje para falar de um assunto muito importante e preocupante: a gravidez na infância e na adolescência. A cada 30 minutos, uma menina de 10 a 14 anos se torna mãe no Brasil. Isso não pode ser tratado como algo comum. É uma realidade silenciosa que destrói infâncias e perpetua círculos de vulnerabilidade e exclusão social”, afirmou.
A deputada ressaltou que, em grande parte dos casos, a gravidez precoce está relacionada a violências graves, como abuso sexual, negligência e falta de políticas públicas eficazes.
“Falar sobre prevenção é falar sobre cuidado, proteção e compromisso com o futuro das nossas crianças. Com empatia, precisamos entender que por trás de cada menina que engravida cedo, há uma história que precisa ser ouvida, acolhida e transformada”, reforçou.
Construção de projeto com apoio do Estado
Atenta à gravidade do tema, Áurea Ribeiro informou que participou recentemente da campanha “Zero Gravidez na Infância”, promovida pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), e também esteve reunida com a primeira-dama de Sergipe, Érica Mitidieri, e com a Secretaria de Assistência Social do Estado, para discutir a construção de um projeto preventivo.
“Esse projeto que está sendo elaborado é muito importante, porque irá proteger nossas crianças e garantir que todas as meninas possam ser apenas meninas: livres para brincar, estudar e sonhar”, declarou.
A deputada também parabenizou as instituições envolvidas na campanha e fez um apelo à sociedade para se engajar na luta contra a gravidez precoce:
“Precisamos cuidar, alertar, informar. Somos nós, gestores, pais, mães e toda a sociedade, que devemos formar essa corrente de proteção e conscientização. Meninas de 12, 13, 14 anos não podem estar vivenciando a maternidade. Elas devem ter uma infância com mais saúde, harmonia e felicidade.”
Compromisso com a infância
Ao final do pronunciamento, Áurea Ribeiro reforçou seu compromisso com políticas públicas que garantam infância plena e segura para todas as crianças sergipanas e colocou seu mandato à disposição para fortalecer ações voltadas à proteção dos direitos das meninas.
“Vamos juntas construir uma sociedade mais justa para nossas meninas. Para que se tornem mães no tempo certo, e não por imposição de uma realidade dura e desigual. Isso é responsabilidade de todos nós”, concluiu.