17/10/2023 as 18:27
SAÚDE
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As vacinas são responsáveis pela sobrevivência de gerações e, ao longo do tempo, se tornaram imprescindíveis para a erradicação de diversas doenças ou mesmo a diminuição da incidência de algumas delas, a exemplo da gripe, varíola, caxumba, poliomelite e sarampo. Por essa razão, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), celebra o Dia Nacional da Vacinação - 17 de outubro -, data que promove a importância da imunização contra as epidemias no Brasil.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas salvam a vida de três milhões de pessoas a cada ano, porém a cobertura vacinal continua sendo um desafio para os estados e municípios brasileiros, sobretudo em função da disseminação de notícias falsas e movimento antivacina testemunhado nos últimos anos em todo o território nacional.
Em Aracaju, apenas duas vacinas superam as metas de vacinação, a BCG e Hepatite B. Até 30 de setembro deste ano, a Saúde Municipal vacinou 160,45% do público estimado contra a BCG, e 152,68%, contra a Hepatite B. Segundo a coordenadora de imunização da SMS, Larissa Ribeiro, o alcance positivo dessas vacinas se dá através do Projeto Corujinha.
“No Projeto Corujinha ofertamos BCG e Hepatite B ao nascer e elas são disponibilizadas na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes e Santa Isabel. Na Maternidade Municipal Lourdes Nogueira também há uma equipe para a aplicação das doses. São duas vacinas que conseguimos ter um público adequado e atingir a cobertura vacinal, principalmente porque são aplicadas até 72 horas após o nascimento durante a estadia na maternidade ou até a primeira semana de vida para a BCG e no caso da Hepatite B, até 30 dias”, explica Larissa Ribeiro.
Por outro lado, a vacina contra HPV encontra resistência para o cumprimento da meta nacional que é de 95%. Em Aracaju, considerando uma série histórica de cinco anos para calcular o percentual de vacinados com HPV e utilizando a população de 9 a 14 anos do IBGE de 2021, a vacina não atingiu todo o público estimado. No público feminino, a primeira dose alcançou 67,93% e a segunda, 81,27%. Considerando o público masculino a situação é mais desafiadora, já que o percentual de vacinados com as duas doses é ainda menor: entre os meninos, vacinaram-se com a primeira dose 55,03% e com a segunda, 76,66%.
Além de disponibilizar as vacinas em todas as 45 Unidades de Saúde da Família da capital, a Secretaria Municipal da Saúde criou estratégias para facilitar o acesso aos imunizantes que protegem contra o HPV. O Programa Saúde na Escola, em parceria com a Secretaria da Educação de Aracaju, leva para as unidades de ensino públicas e privadas as vacinas indicadas no Calendário Nacional de Vacinação, incluindo a do HPV, objetivando aumentar a proteção de crianças e adolescentes contra doenças preveníveis.
Outras estratégias, como o Sábado Saudável, que abre as portas das unidades de saúde da capital para a oferta de vacinação e outros serviços, aumentam as oportunidades de mães, pais ou responsáveis legais levarem as crianças e adolescentes para a atualização do cartão de vacinação. Assim, também, ocorre com a disponibilidade dos postos de vacinação nos três shoppings da capital para todas as pessoas a partir de 5 anos de idade durante a campanha de multivacinação ao ofertar vacinas que continuam salvando muitas vidas.
Multivacinação
No momento, Aracaju, assim como todo o estado de Sergipe, segue com a Campanha de Multivacinação para ampliar e estimular a atualização do cartão de vacinação de crianças e adolescentes de até 15 anos e retomar a alta cobertura vacinal que impede a reintrodução de doenças já eliminadas.
Até o dia 21 deste mês, todas as 45 USFs da capital sergipana ofertarão vacinação contra a covid-19, influenza e outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação em várias etapas, a exemplo da BCG, Hepatite B, Poliomielite, Febre Amarela; Sarampo, Caxumba e Rubéola; Pneumocócica, dentre outras.
“Vale destacar que já oferecemos essas vacinas na rotina das nossas unidades de saúde. O que fazemos com a campanha é reforçar os alertas e incentivar ainda mais a população a aderir à imunização, que é o único caminho que temos para continuar mantendo longe as doenças já erradicadas”, frisa Larissa.