27/06/2019 as 07:52

ARTIGOS

EDITORIAL: O Brasil terá gás barato

A defesa do barateamento do gás vem se tornando intensa e deve aumentar ainda mais por causa das grandes reservas existentes no país, inclusive em Sergipe.

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O preço cobrado pelo gás natural no Brasil encarece os custos de produção, tornando a indústria brasileira “economicamente inviável”. Quem admitiu isso foi o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, em um discurso bem próximo daquele que tem exposto a empresários e entidades empresariais brasileiras.


A defesa do barateamento do gás vem se tornando intensa e deve aumentar ainda mais por causa das grandes reservas existentes no país, inclusive em Sergipe, onde as descobertas vêm sendo amplamente divulgadas nos últimos 12 dias.


O ministro Albuquerque entende que o melhor aproveitamento do composto derivado de combustíveis fósseis resultaria em significativo barateamento da energia, beneficiando tanto os consumidores industriais quanto os residenciais. Age como um aliado dos brasileiros.


O gás natural brasileiro é um dos mais caros entre os países do chamado G20 – grupo formado pelas 19 maiores economias mundiais mais a União Europeia. De acordo com Albuquerque, enquanto no Brasil o gás natural custa US$ 10,40, na Argentina custa US$ 4,62. Nos Estados Unidos, US$ 3,00. No Japão, que não tem reserva de gás natural, US$ 9,00. E na Europa, US$ 8,00.


O futuro aproveitamento das reservas vem sendo encontrado em águas profundas e cujo potencial produtivo está sendo analisado, em fase inicial de estudos, pela Petrobras.


Ele tem dito e ontem reafirmou que o Brasil está procurando melhorar isso com o novo modelo para o mercado de gás. Na reunião da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, ele apresentou detalhes da nova proposta do governo para o mercado de gás.


O Conselho Nacional de Políticas Energéticas publicou anteontem, 25, em edição extra do Diário Oficial da União, as novas diretrizes políticas para o setor energético. As medidas visam promover maior concorrência por meio da abertura do mercado de gás natural.


Os objetivos do novo modelo para o mercado de gás natural são, além de garantir o abastecimento nacional, ampliar os investimentos em infraestrutura de escoamento, processamento, transporte e distribuição do produto e aumentar a geração termelétrica a gás.


Mas, que fique bem claro, a principal meta do novo modelo concorrencial, no entanto, é baratear o preço do produto por meio da ampliação da concorrência, evitando a formação de monopólios. Os brasileiros torcem perlo sucesso da iniciativa.