18/10/2019 as 08:27

Emdagro

Sergipe está livre da peste suína

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade tranquiliza a população e ressalta que a peste suína clássica não é zoonose, não apresentando risco de transmissão para os humanos

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Em virtude do foco de peste suína clássica identificado no município de Traipu, em Alagoas, a Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) já está adontando todas as medidas preventivas indicadas no Plano de Contigência para a peste suína. Na manhã da última quarta-feira, 16, 32 suínos foram sacreificados e enterrados para evitar a contaminação.

A diretora de Defesa Animal e Vegetal da Emdagro, Maria Aparecida Andrade tranquiliza a população e ressalta que a peste suína clássica não é zoonose, não apresentando risco de transmissão para os humanos. "Sergipe está livre da doença desde 2001, mas pela proximidades de alguns municípios como Gararu e Nossa Senhora de Lourdes estamos tomando medidas para que Sergipe contiunue livre da peste suína. Uma das nossas preocupações, além da alta mortalidade, são os riscos econômicos, pois preservando a sanidade dos rebanhos não teremos danos às exportações", comentou Maria Aparecida.

Uma das medidas já adotadas pela Emdagro foi a suspensão da emissão de GTA (Guia de Trânsito Animal) nos municípios de Gararu, Nossa Senhora de Lourdes, Canhoba e Itabi. Os veterinários da Emdagro também já estão coletando material para exames sorológico, entre outras ações. Os regionais e escritórtios locais estão em alerta máximo. O Estado de Sergipe faz parte do circuito que recebeu em 2016, o reconhecimento internacional de área livre da peste suína clássica, e o Governo de Sergipe vem enviando esforços para manter o estado livre da doença.

Traipu

A Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) informou, na última segunda-feira, 16, que foi diagnosticado o segundo foco de Peste Suína Clássica (PSC) no interior do estado. O caso também foi registrado no município de Traipu, a 3 km da propriedade onde foi diagnosticado o primeiro foco. A interdição da propriedade onde o segundo foco foi localizado foi realizada imediatamente, após a confirmação da doença. Por conta dos registros da peste suína clássica a Adeal proibiu por tempo indeterminado o trânsito de suídeos em todo o estado.

Está proibida também a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para suídeos no território alagoano, para quaisquer destinos ou finalidades, exceto abate imediato em estabelecimentos com serviço de inspeção oficial. E também fica suspensa, por tempo indeterminado, a aglomeração de animais da espécie, como em feiras de animais espalhadas pelo estado.

Orientação

A Emdagro orienta os produtores que adquiram reprodutores apenas de Granjas de Reprodutores de Suínos Ceretificados (GRSC), que certifiquem que os animais comprados são de rebanhos saudáveis, que sempre transitem com animais acompanhados pelo GTA, que não alimentem os suínos com restos de alimentos, que controlem a entrada de veículos e pessoas nas suas propriedades e que mantenham o cadastro sempre atualizado junto à Emdagro. Em caso de suspeita de animal com a peste suína clássica, o reprodutor deve procurar imediatamente a Emdagro.

Peste suína clássica

A Peste Suína Clássica  também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma enfermidade contagiosa e muitas vezes, fatal aos suínos, causada por um vírus RNA. Nos dias de hoje no Brasil, algumas das regiões mais importantes na criação de suínos são livres da PSC, embora permaneça endêmica e recorrente em outras áreas. Este é uma das doenças mais importantes dos suínos domésticos, sendo assim de notificação compulsória. A contaminação geralmente se dá pela via oronasal e o período de incubação varia de 7 a 10 dias, sendo menor em casos de infecção experimental. Os sintomas são: hemorragia, que pode levar à morte; febre alta; falta de coordenação motora; orelhas e articulações azuladas; vômitos, diarréia; falta de apetite; esterilidade e abortos; leitões natimortos ou com crescimento retardado. Entre as características da doença estão também o agrupamento de animais nos cantos das pocilgas e a morte após quatro e sete dias do início dos sintomas.

E a contaminação se dá pelos alimentos ou água contaminados; animais infectados; veículos e instalações contaminados; contato com cadáveres de animais infectados; equipamentos contaminados, roupas e calçados de indivíduos que mantiveram contato direto com animais doentes ou em período de incubação da doença (em geral a incubação é de 4 a 6 dias, com um intervalo de oscilação de 2 a 20 dias).