26/07/2025 as 07:49
MOTORISTA
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Antes mesmo do amanhecer, enquanto a maioria das pessoas que utilizam o transporte público ainda dorme, com os despertadores programados para tocar a partir das 4h30 da manhã, Adeilson já está de pé desde a 1h30. Às 3h15, ele inicia sua jornada pelas ruas da Grande Aracaju, conduzindo mais do que um ônibus: levando mobilidade, inclusão e respeito a todos que embarcam com ele.
O dia 25 de julho, data em que se comemora o Dia do Motorista, ganhou um significado ainda mais especial para o operador do volante. Motorista da Viação Atalaia há 3 anos, Adeilson atuava anteriormente na antiga função de cobrador. Com o avanço da tecnologia no setor de transporte, a bilhetagem eletrônica trouxe mais segurança e praticidade para os passageiros, substituindo o pagamento da tarifa em espécie pelo uso integral do Mais Aracaju.
E, graças a essa inovação, em 2022, o motorista se viu mais próximo de conquistar uma nova atribuição no setor, após três anos exercendo uma atividade que, embora ainda ligada ao transporte, o manteve afastado do seu sonho de infância, que sempre foi conduzir vidas aos seus destinos com responsabilidade e empatia.
“O que eu mais gosto na minha profissão é poder ajudar uma gestante, uma pessoa em cadeira de rodas, um idoso. Isso, para mim, é muito importante, porque essas pessoas têm dificuldade e, se eu tenho como fazer algo significativo por elas, como ajudar para que o deslocamento aconteça da melhor forma possível, eu vou fazer. Eu abracei e escolhi ser motorista porque sempre foi meu sonho. Eu escolhi de coração, e é por isso que faço por amor à minha profissão”, revela Adeilson.
Capacitado profissionalmente pelo Sest Senat e atualmente conduzindo a linha João Alves (003), o pai de Camilly Vitória mostrou à filha de apenas seis anos que, quando existe dedicação e esforço em cada dia de trabalho, o sonho que, por ora, parece apenas um desejo irrealizado do passado ganha rumo e segue o trajeto certo — mesmo que, às vezes, por avenidas erradas. O que parece um fim de linha, na verdade, pode transformar anos de dedicação em conquistas esquecidas.
“Eu fico muito feliz porque o meu pai conseguiu o emprego que ele sonhou desde criança, que é transportar pessoas, como estudantes, idosos e até mesmo nossa família, como minha avó e minha mãe. Eu tenho orgulho do meu pai por ser motorista”, revela a pequena Camilly, com um sorriso nos lábios.
Humanidade
Antes de conduzir diariamente vidas, todos os motoristas do setor de transporte público que atuam em Aracaju e região metropolitana, além de receberem as capacitações técnicas pela unidade do Sest Senat da capital, também são orientados pela instituição a serem solícitos e a tratarem o passageiro com respeito e humanidade — orientação que Adeilson sempre procura exercer.