28/08/2025 as 10:40

ABASTECIMENTO

Rompimento em adutora afeta abastecimento de água no sertão de Sergipe

De acordo com a empresa Iguá Sergipe, responsável pela operação do sistema, a previsão é de que o reparo seja concluído até a noite desta quinta-feira (28)

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Rompimento em adutora afeta abastecimento de água no sertão de Sergipe

Cerca de 100 mil pessoas estão sem água no sertão sergipano após um novo rompimento na tubulação da Adutora do Semiárido. O incidente afetou diretamente os municípios de Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Aparecida, Frei Paulo, Porto da Folha, Carira, Pinhão, Pedra Mole, Feira Nova, Graccho Cardoso e São Miguel do Aleixo.

De acordo com a empresa Iguá Sergipe, responsável pela operação do sistema, a previsão é de que o reparo seja concluído até a noite desta quinta-feira (28). O fornecimento de água deve ser retomado de forma gradativa a partir das 22h. Enquanto isso, caminhões-pipa estão sendo enviados, em caráter emergencial, para atender a população afetada.

Mesmo após o conserto, o abastecimento não será imediato. Isso porque a tubulação, com 600 milímetros de diâmetro, precisa ser completamente preenchida antes que a água volte a chegar às torneiras. A recomendação é que os moradores economizem a água armazenada em caixas e reservatórios, evitando desperdícios.

A Adutora do Semiárido, que entrou em operação em 2010, tem histórico recorrente de rompimentos, principalmente nos primeiros cinco quilômetros do trajeto, onde a pressão da água é mais intensa. Técnicos apontam que a principal causa dos problemas estaria no material utilizado na obra: tubos de RPVC (Plástico Reforçado com Fibra de Vidro), em vez de tubulação metálica.

Engenheiros envolvidos na construção da adutora, que preferem não se identificar, afirmam que a escolha do RPVC foi uma exigência para viabilizar o financiamento do projeto, apesar das recomendações contrárias da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), que defendia o uso de aço.

Segundo esses profissionais, enquanto não houver substituição do material, os rompimentos devem continuar ocorrendo. Por se tratar de uma obra relativamente recente, o governo estadual enfrenta dificuldades para conseguir novos recursos que permitam a troca da tubulação.