09/09/2025 as 17:28

MORTE CONFIRMADA

Médica acusada de matar o marido é encontrada morta em presídio

Pela manhã, Daniele havia retornado à unidade prisional após deixar a clínica de repouso onde estava internada desde 1º de setembro

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Médica acusada de matar o marido é encontrada morta em presídio

A médica Daniele Barreto, acusada de envolvimento na morte do marido, José Lael, foi encontrada morta na tarde desta terça-feira (9) no Presídio Feminino de Nossa Senhora do Socorro. A informação foi confirmada pelo escritório Trindade Advocacia, responsável por sua defesa.

Pela manhã, Daniele havia retornado à unidade prisional após deixar a clínica de repouso onde estava internada desde 1º de setembro. Ela participou de uma audiência de custódia no Fórum Gumersindo Bessa, em Aracaju, e, em seguida, foi reconduzida ao presídio.

No fim de agosto, a Segunda Turma do STF revogou a prisão domiciliar da médica e determinou seu retorno ao sistema prisional. No entanto, no início desta semana, ela havia sido internada em uma casa de repouso, após passar por uma clínica particular na zona Sul da capital. Na ocasião, a defesa apresentou documentos que indicavam um histórico de violência doméstica, argumento que havia motivado a concessão da medida anterior.

Mais cedo, a assessoria do escritório Trindade Advocacia informou que Daniele pretendia dar continuidade ao tratamento iniciado na clínica de repouso.

O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para o Presídio Feminino de Socorro.

Conheça o caso

O assassinato advogado criminalista José Lael Rodrigues Júnior ocorreu na noite de 18 de outubro de 2024, quando ele foi emboscado ao sair para comprar açaí na zona sul de Aracaju. Na ocasião, o filho do advogado, que estava no carro com ele, também foi atingido, mas passou por cirurgia e seu quadro é estável.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o crime foi planejado por Daniele Barreto com a ajuda de sua amiga Alvaci Feitoza. A motivação do assassinato seria uma série de desconfianças de Lael sobre o comportamento da esposa, além de disputas patrimoniais ligadas a um possível processo de separação.

Em março de 2025, o ministro Gilmar Mendes concedeu a prisão domiciliar a Daniele Barreto, considerando provas de agressões físicas, psicológicas e sexuais feitas por Lael, além das implicações para o filho do casal, de 10 anos. Além de Daniele e Alvaci, outras cinco pessoas também foram indiciadas por envolvimento no crime.