14/05/2018 as 10:02

Paintball e airsoft ganham mais adeptos

Apesar de serem reconhecidos no Brasil como prática esportiva, o paintball e o airsoft ainda não são esportes em Sergipe.

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Está se tornando cada vez mais comum a prática de esportes como paintball e airsoft em Sergipe. Na capital aracajuana já é possível identificar determinados locais onde os aventureiros atletas praticam os esportes, a exemplo da antiga Estação Ferroviária Leste, em Aracaju, e demais terrenos ou locais ermos da cidade. Os grupos estão sempre utilizando equipamentos de proteção e o objeto do jogo simula armas de fogo. Apesar de serem reconhecidos no Brasil como prática esportiva, o paintball e o airsoft ainda não são esportes em Sergipe.

                                  

De acordo com um integrante do grupo “Carcará”, Pedro Macedo, existe um projeto de Lei que aguarda votação na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) para tornar as duas modalidades esportes oficiais. “O projeto foi levantado pelo deputado estadual Capitão Samuel, mas, ainda não foi votado”, confirma o integrante.

Mas, enquanto isso, não há nada que impeça os apaixonados pela prática de a executarem. Segundo Pedro, a única exigência para quem deseja jogar tanto paintball como airsoft é ser maior de 18 anos. A diferença entre uma modalidade e outra é o tipo de munição utilizada. No paintball são usadas esferas do tamanho proporcional a uma bola de gude, com tinta. Ao atingir o alvo, a bola estoura e marca a pessoa. Já no airsoft, é utilizada uma bola de PVC rígida de 6mm, e a pessoa atingida deve acusar quando ocorrer.

“O paintball já é reconhecido em todo o país, e tem, inclusive Federação. O airsoft também é conhecido, porém, menos do que o paintball. Mas, todos os dois são tidos e reconhecidos como práticas esportivas. Podem ser praticados por qualquer tipo de pessoa, é um esporte muito plural. Tanto homens como mulheres podem jogar, inclusive, participam sempre maridos, mulheres, filhos e filhas”, conta Pedro.

Apesar de simular um combate, as duas modalidades não são agressivas nem perigosas, segundo Pedro. “É um esporte totalmente da paz. É apenas um monte de adulto que não teve infância e vai para o mato brincar de polícia e ladrão”, compara o atleta.

Ainda assim, acidentes podem acontecer caso o indivíduo não esteja utilizando os equipamentos de proteção individuais. “Os óculos de proteção são imprescindíveis. Sem óculos não pode jogar. Porque o único momento em que pode se ferir gravemente é se for atingido no olho. Também são utilizadas máscaras teladas, capacetes, luvas, calçados apropriados para não machucar o pé. A gente se preocupa muito com a segurança”, explica Pedro.


Além disso, a velocidade da munição é controlada por um equipamento chamado cronar, para evitar ferir alguém. De acordo com Pedro, além da equipe dele, existem várias outras em Sergipe, o que possibilita que pequenos campeonatos sejam realizados.


“No próximo dia 27 nós faremos um jogo solidário com a participação de várias equipes amigas. Vamos aproveitar a campanha da Guarda Municipal para o recolhimento de agasalhos, e faremos esse jogo solidário”, conta.