Deputados de SE questionam modificações na Previdência

Foto: Agência Câmara

Enquanto as atividades na Câmara de Deputados não se iniciam, parlamentares já se movimentam e se posicionam sobre os projetos que deverão tramitar ou começar a discussão na Casa Legislativa. Um deles é referente à reforma da Previdência. Em Sergipe, alguns já se posicionam sobre o tema, como é o caso de Fábio Mitidieri (PSD) e João Daniel (PT).

Na rede social, em seu perfil pessoal, Fábio Mitidieri defende um projeto voltado para todos. “Não existe a menor possibilidade de eu votar uma reforma da Previdência que não seja para todos. Se excluir militares e/ou qualquer outra categoria, voto contra. Essa bomba não pode estourar só no lado mais fraco”, registrando que “se o governo fizer concessões, a reforma da Previdência vai pro brejo”.

Ainda na rede social, no último final de semana, Mitidieri acrescentou um desabafo: “Recebi algumas críticas de militares por meu posicionamento quanto à reforma da Previdência. Tenho o maior respeito pela família militar e sempre demonstrei isso no meu mandato, mas entendo que a reforma deve ser universal”.

Para o JORNAL DA CIDADE, o deputado João Daniel comentou que vem acompanhando o cenário do desenvolvimento do projeto com preocupação. “O Governo Federal não está tratando a questão da Previdência como um problema de interesse dos grandes negócios do sistema financeiro dos bancos. Transformar a poupança pública brasileira numa poupança privada dos bancos”, disse.

Segundo João Daniel, o governo não está interessado em mexer onde, de fato, tem privilégios. “E mexer apenas com a classe trabalhadora, a idade mínima, o trabalhador rural, do funcionalismo público e operários”, pontuou.

João Daniel expôs que não há uma ideia concreta de como será o projeto da reforma da Previdência. “Na verdade, ele [presidente Jair Bolsonaro, do PSL] não apresentou nada, o que nós estamos vendo é pela imprensa. Eu acho que o candidato dele à presidência da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), joga com esses interesses de bancos financiar a previdência pública e também não quer cobrar dos grandes devedores”, concluiu.