Estudo aponta características do coronavírus em crianças

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Crianças infectadas podem transmitir o novo coronavírus mesmo que nunca tenham apresentado sintomas ou algum tempo depois de eles terem desaparecido. É o que sugere um estudo publicado na última sexta-feira, 4, pela revista científica Jama Pediatrics. A pesquisa avaliou 91 crianças em hospitais da Coreia do Sul e constatou também que a duração dos sintomas, quando ocorreram, variou amplamente de três dias a quase três semanas. 

O trabalho foi realizado entre fevereiro e março, com menores de 19 anos, em 22 hospitais. Pelo menos 22% dos pacientes nunca desenvolveram sintomas e 58% foram sintomáticos já no teste inicial.

Em Sergipe, segundo dados do Boletim Epidemiológico, 2.954 crianças e adolescentes com menos de um ano até os 14 anos testaram positivo para a Covid-19. Detalhando ainda mais, são 89 casos entre menores de um ano; 860 na faixa etária de um a quatro anos; 2005 casos entre as crianças de cinco a 14 anos.

Os óbitos confirmados para esta faixa etária chegam a 29. Sendo 16 óbitos entre os menores de um ano; três óbitos entre as crianças de um a quatro anos; dez óbitos no grupo de idade de cinco a 14 anos.

O infectologista Marco Aurélio Góes, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), pontuou que nada pode ser muito definitivo, nos achados, mas, de fato, as crianças são mais assintomáticas ou oligossintomáticas, que são aquelas que apresentam sintomas discretos.

“Essa já era uma desconfiança importante da ciência, tanto que desde o início se orientava que as crianças que não estavam na escola não deveriam ficar com os avós para evitar a transmissão”, comentou.

|Da equipe JC

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