16/08/2024 as 09:11
TRANSMIÇÃOVírus é transmitido principalmente pelo mosquito conhecido como maruim
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O monitoramento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) em relação ao registro da infecção causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), até essa quinta-feira, 15, identificou 18 casos em Sergipe. O vírus é transmitido principalmente pelo mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Por meio do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), a SES tem monitorado a presença e o comportamento da febre oropouche desde o mês de outubro de 2023 no estado.
Já a circulação do vírus foi registrada no último mês de julho, quando houve a confirmação de dois casos. Os casos de infecção devem ser comunicados às autoridades de Saúde, já que a doença é de notificação obrigatória. Segundo a gerente de Endemias da SES, Sidney Sá, a Secretaria de Estado da Saúde investiga se os casos registrados tiveram origem em Sergipe ou foram importados. No entanto, é importante destacar que todos os pacientes identificados estão bem, apenas um encontra-se internado, mas estável. “O município de Siriri tem, hoje, 14 casos confirmados por laboratório, e os demais casos foram confirmados em Capela, Socorro, São Cristóvão e Nossa Senhora de Lourdes”, informa Sidney. O diagnóstico da febre do oropouche envolve uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial. Os sintomas da doença se assemelham a outras arboviroses, como dengue, chikungunya e Zika, com registros de dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. Sidney Sá explica que, no momento, a vigilância dos casos está sendo feita, partindo de um caso suspeito de dengue, chikungunya ou Zika.
“O teste para oropouche, hoje, parte da negatividade dessas arboviroses”, destaca. Prevenção É importante que, principalmente em áreas com casos registrados, a população se atente às medidas preventivas e evite picadas de vetores por meio do uso de roupas compridas, que cubram as pernas, os braços ou partes do corpo onde os insetos possam picar. O uso de repelentes que contenham DEET, IR3535 ou icaridina, podem ser aplicados na pele exposta ou nas roupas também para evitar a picada do mosquito. Nesses casos, a utilização do produto deve estar rigorosamente em conformidade com as instruções do rótulo do produto, ainda que as informações sobre efetividade contra o mosquito Culicoides paraenses não estejam especificadas.
O mosquito vetor é encontrado frequentemente nas áreas externas do domicílio, como quintais e varandas, vivendo próximo a plantas como bananeiras, pés de cacau, cupuaçu, gramíneas etc. Dessa forma, recomenda-se evitar se expor nesses ambientes durante o período de maior atividade dos vetores, em geral, nas primeiras horas da manhã e ao final da tarde, a partir das 16h. Assim como é fundamental a realização da limpeza de quintais que tenham acúmulo de folhas, cascas de frutas, ou matéria orgânica, sempre que possível.
Ainda como medida preventiva, aconselha-se o uso de mosquiteiros feitos de malha fina, como o filó ou o voil branco, e, como medida complementar, é recomendada a proteção com telas de malha fina nas portas e janelas das residências, prevenindo, dessa maneira, também outras arboviroses. A SES enfatiza que as ações de vigilância têm sido ampliadas junto aos municípios sergipanos para observar o comportamento tanto das arboviroses que possam ser agravadas quanto dos casos dos vírus oropouche, assim como a mayaro, que também vêm sendo registrada no território nacional.