20/04/2022 as 10:28

TURISMO

Medidas devem ser implementadas para garantir segurança nos Cânions

Um relatório técnico foi elaborado a partir de uma vistoria realizada entre os dias 14 e 23 de fevereiro nos cânions do Rio São Francisco

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Medidas devem ser implementadas para garantir segurança nos Cânions

Representantes dos municípios da região dos Cânions de Xingó, entre Sergipe e Alagoas, além das Defesas Civis dos dois estados discutem durante esta semana a implementação de medidas de segurança sugeridas pelo Serviço Geológico do Brasil – CPRM para evitar acidentes como o que ocorreu nos cânions de Capitólio, em Minas Gerais.

Um relatório técnico foi elaborado a partir de uma vistoria realizada entre os dias 14 e 23 de fevereiro nos cânions do Rio São Francisco. São 60 quilômetros de cânions ao longo do “Velho Chico” na região que recebe mais de 600 mil turistas por ano. Para garantir a segurança dos visitantes, foram listadas pelo CPRM 14 medidas de intervenção:

Entre as medidas, estão: Avaliar a remoção e/ou contenção de blocos soltos e instáveis localizados entre a borda e o topo dos paredões, acima de áreas onde é comum a presença humana; Evitar a manutenção de estruturas de visitação, em locais que estejam a uma distância mínima menor que meia vez a altura do paredão; Utilizar boias flutuantes na demarcação de perímetros de interesse; Dar preferência a locais onde a face do paredão se afasta da margem do lago, com amplitudes reduzidas e inclinações mais suaves, para a implantação de novas áreas de banho; Manter o tráfego de embarcações a uma distância mínima de uma vez a altura do paredão; Evitar visitas e passeios em dias com elevadas previsões de chuva; e Criar um plano de contingência, para ser usado na eventualidade da ocorrência de acidentes.

Além disso, outras medidas, como promover campanhas de conscientização para os perigos intrínsecos ao ambiente, com divulgação de material orientativo; Adoção de equipamentos de proteção individual, como capacetes, em locais que apresentem um teto rochoso, como a Furna do Morcego e a Gruta do Talhado; Desenvolver estudos geotécnicos e hidrológicos com a finalidade de embasar os projetos e/ou obras de contenção de encostas ou de blocos rochosos; Fiscalizar e proibir a construção ou visitação em áreas protegidas pela legislação vigente; Instalar sistema de alerta para as áreas suscetíveis; Fiscalizar e exigir que novos empreendimentos turísticos apresentem laudos técnicos ou estudos correlatos que autorizem a visitação turística ao local; E adequar os projetos de engenharia às condições geológicas e topográficas locais, evitando realizar escavações e aterros de grande porte, também foram listadas. Grau de perigo nos locais vistoriados.

Os técnicos classificaram os 19 locais analisados de acordo com o grau de perigo e risco para eventos de movimentação gravitacional de massa (deslizamentos, queda e rolamento de blocos, desplacamentos e tombamentos), processos hídricos (enxurradas, enchentes e inundações) e erosão: treze áreas classificadas como perigo alto; 3 áreas classificadas com perigo moderado – áreas a serem monitoradas (sem risco iminente); 3 áreas classificadas como perigo baixo – áreas sem necessidade de monitoramento.

GRAU DE PERIGO POR ÁREA

Delmiro Gouveia Imagem de São Francisco – perigo alto Talhado oeste – perigo alto Furna do Morcego – perigo alto Vale do Sal – perigo alto Ponto Extra no Vale do Sal – perigo alto Praia da Cruz – perigo moderado Restaurante Ecológico Castanho – perigo baixo Olho D’Água do Casado Talhado leste – perigo alto Restaurante Show da Natureza – perigo moderado Praia da Dulce – perigo baixo Canindé de São Francisco Vale dos Mestres – perigo alto Toca do Sal – perigo alto Fazenda Mundo Novo – perigo alto Pedra do Japonês – perigo alto Trilha das Pinturas Rupestres – perigo alto Píer Karranca`s Bar e Restaurante – perigo baixo Piranhas Pedra do Gavião – perigo alto Paulo Afonso Trilha Vai & Vem – perigo alto Lagoa de Pedra – perigo alto Cachoeiras de Paulo Afonso – perigo moderado