11/03/2022 as 08:48

ECONOMIA

Litro da gasolina chega a custar R$ 7 em Aracaju

Petrobras anuncia reajuste de 18,8% a partir desta sexta-feira, 11

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Litro da gasolina chega a custar R$ 7 em Aracaju

O anúncio da Petrobras sobre o novo aumento dos combustíveis revoltou os brasileiros, que estão indignados com o litro de gasolina custando R$ 7,00. Em comunicado, a empresa informou que, a partir desta sexta, 11, a média de preço de venda da gasolina para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, culminando num aumento de 18,8%.

Já o diesel, o preço médio passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%. Em entrevista ao JORNAL DA CIDADE, o secretário executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Sergipe (Sindpese), Maurício Cotrim, explicou como a nova política de preço adotada pela Petrobras permite que o conflito entre Rússia e Ucrânia afete de forma direta os valores para os combustíveis no Brasil. “A alta deve continuar, já que a política da Petrobras e do mercado livre é de acompanhar o barril de petróleo do mercado internacional”, aponta.

A nova política está em vigência desde 2016, em que o preço da empresa é adotado a partir dos valores do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio. Assim, além do aumento em escala global, dentro do país, cada Estado e cada empresa de combustível têm autonomia para reajustar os preços a partir da sua própria logística de lucro, aumentando ainda mais o valor cobrado nas bombas de abastecimento.

Sergipe
De acordo com publicações de usuários nas redes sociais, que fotografaram o aumento obtido da noite para o dia, o preço mais barato encontrado nesta quinta-feira, 10, foi de R$ 6,59. Já a mais cara bateu R$ 6,90. Além disso, foi percebido que o diesel está mais caro que a gasolina comum.

Motoristas de aplicativo
A alta no preço dos combustíveis afeta todos de uma forma geral. No entanto, há categorias que são prejudicadas diretamente, como é o caso dos motoristas de aplicativo, que dependem totalmente do combustível para trabalhar. Ao JC, o representante dos motoristas de aplicativos de Aracaju, conhecido popularmente como Pontes, demonstra sua indignação com a alta desenfreada. “O que estava ruim para os motoristas de aplicativos ficou ainda mais difícil, com o reajuste dos combustíveis. Vários motoristas, que trabalham com carro alugado, tiveram que abandonar os aplicativos e sair em busca de recolocação no mercado de trabalho”, desabafa.

“Infelizmente, a categoria está à deriva, já que por outro lado as empresas de mobilidade pública (Uber e 99) não querem reajustar os repasses dos motoristas. Alguns motoristas estão com uma sobrevida, onde tem o GNV, estamos em um senário muito difícil para categoria. A profissão de motorista de aplicativos autônomos não é reconhecida, estamos buscando junto a parlamentares a aprovação do projeto de lei 2.061, que trará um equilíbrio a toda classe de motoristas de aplicativos do Brasil, trazendo um equilíbrio que hoje não temos”, informa.

|Por Taís Félix
||Foto: Jadilson Simões