18/09/2023 as 08:07
TRÂNSITOAno passado foram registradas mais de 150 ocorrências na via
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A Avenida José Carlos Silva (antiga Heráclito Rollemberg) – uma das principais vias de trânsito da capital sergipana – tem gerado preocupação à população devido ao alarmante número de ocorrências de trânsito, incluindo acidentes graves e fatalidades. Os dados mais recentes fornecidos pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju apontam que, em 2022, foram registradas 155 ocorrências no local. Em 2023, até agora, já foram reportadas 104 ocorrências. Esta realidade difícil tem levantado questões sérias sobre a segurança viária na região.
Essa é uma via que tem um papel crucial no sistema viário de Aracaju, conectando o Terminal DIA, no Bairro Inácio Barbosa, a diversos pontos da cidade. Com uma extensão significativa e um tráfego intenso, especialmente durante os horários de pico, a avenida enfrenta um grande desafio para garantir a segurança de motoristas e pedestres. Segundo dados oficiais, uma média de 13 acidentes por mês já foi registrada em 2023 até o momento, um número preocupante que leva os moradores da região a expressarem sua inquietação. Recentemente, residentes do Bairro São Conrado organizaram um protesto nas proximidades da Avenida José Carlos Silva, clamando por atenção das autoridades em face das cinco mortes registradas desde a inauguração da via, há apenas dois anos.
O incidente fatal mais recente aconteceu em 9 de setembro, quando uma vendedora perdeu a vida após ser atropelada na avenida. Nas redes sociais, moradores têm chamado o local de “avenida da morte”, destacando a falta de educação no trânsito e a imprudência dos condutores como as principais causas dos altos índices de acidentes. A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) de Aracaju, por sua vez, afirma que a avenida está devidamente sinalizada de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, incluindo sinalizações vertical e horizontal, além de semáforos. No entanto, a SMTT lamenta que alguns condutores ainda desrespeitem essas sinalizações e as leis de trânsito, incluindo o limite máximo de velocidade da avenida.
O superintendente da SMTT, Renato Telles, enfatiza que o problema não reside no corredor de mobilidade, mas sim no comportamento inadequado de alguns motoristas. “É importante frisar que não é um problema do corredor de mobilidade. A sinalização está totalmente adequada e o que acontece, infelizmente, é o desrespeito de alguns condutores às sinalizações e a priorização da travessia dos pedestres, na faixa. Mas, atendendo a uma demanda da comunidade, estamos fazendo uma análise no local para verificar o que pode ser feito para melhorar ainda mais a segurança do trânsito na área”, destaca o superintendente.
Enquanto isso, a situação permanece desafiadora na localidade, com a necessidade de um esforço conjunto das autoridades, motoristas e pedestres para garantir a segurança de todos os usuários da via. Enquanto medidas são estudadas para melhorar a situação, a conscientização e o respeito às leis de trânsito são fundamentais para reduzir os riscos e tornar a avenida mais segura para todos.