Sergipe avança cinco posições no ranking de Índice de Inovação dos Estados

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Desde 2021, o estado tem apresentado melhorias em diversos aspectos que contribuem para o aquecimento do ecossistema inovador, alcançando o 17º lugar no País, aponta o estudo do Observatório da Indústria Ceará, da FIEC.

Avanços em infraestrutura, investimento público em ciência e tecnologia, sustentabilidade ambiental e propriedade intelectual têm impulsionado Sergipe no cenário nacional de inovação. Desde 2021, o estado vem apresentando evolução em diversos aspectos fundamentais para dinamizar seu ambiente inovador, movimento que resultou na 17ª colocação no país, de acordo com o Índice de Inovação dos Estados 2025.

Os aspectos em que os sergipanos registraram melhorias incluem o indicador “Infraestrutura”, com avanço de cinco posições — da 23ª para a 18ª colocação nos últimos cinco anos; “Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia (C&T)”, com crescimento de três posições — da 22ª para a 19ª; “Sustentabilidade Ambiental”, no qual o estado saltou do 25º para o 22º lugar; e “Propriedade Intelectual”, com evolução da 18ª para a 16ª posição no mesmo intervalo.

O estudo, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), também destaca como ponto forte de Sergipe o indicador “Capital Humano – Graduação”, que avalia a qualificação da força de trabalho por meio da formação em áreas tecnológicas e reflete a disponibilidade de profissionais especializados no estado. Nesse quesito, Sergipe ocupa o 8º lugar nacional, um dos melhores resultados do país.

Conforme o Índice de Inovação dos Estados 2025, outros destaques do estado incluem a 13ª colocação no indicador “Intensidade Tecnológica e Criativa” e a já mencionada 16ª posição em “Propriedade Intelectual”. Esse conjunto de fatores também projeta Sergipe como um destaque regional, com a conquista do 6º lugar no ranking do Nordeste neste ano.

“As posições de destaque de Sergipe demonstram a capacidade do estado de articular políticas públicas e incentivar a qualificação do capital humano, especialmente nas graduações tecnológicas. Sua trajetória reforça a importância da continuidade dos investimentos e da integração entre universidades, governo e iniciativa privada para acelerar processos inovadores. Com esse direcionamento, o estado tende a consolidar um ambiente mais dinâmico e competitivo, capaz de impulsionar a criação de novas oportunidades, ampliar a base produtiva e atrair investimentos alinhados à economia do conhecimento.”, analisa Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria Ceará.

O diretor de desenvolvimento industrial, tecnologia e inovação da CNI, Jefferson Gomes, destaca o avanço da região Nordeste no índice. “Esse é um sinal claro do potencial transformador da região. Estados como Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco demonstram que, com políticas adequadas e investimentos consistentes, é possível alavancar a inovação mesmo em cenários desafiadores. O desempenho em áreas como sustentabilidade ambiental e capital humano revela vocações regionais que precisam ser fortalecidas”, avalia.

O Índice de Inovação

O Índice de Inovação dos Estados 2025 é um instrumento estratégico desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI); e com o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Sebrae Nacional.

As 27 unidades federativas brasileiras são avaliadas de acordo com seu desempenho inovador. Criado para oferecer um diagnóstico detalhado dos ecossistemas estaduais de inovação, o Índice é uma pesquisa pioneira no Brasil, que mensura tanto os pontos fortes quanto as fragilidades, fornecendo dados essenciais para orientar políticas públicas e iniciativas voltadas ao fortalecimento da inovação em nível estadual e regional.

Sua metodologia está estruturada em duas grandes dimensões: Capacidades - que avalia os recursos, estruturas, investimento público em ciência e tecnologia, capital humano, infraestrutura e instituições - e Resultados - que mensura os efeitos concretos do processo inovador, como produção científica, propriedade intelectual, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental.

O Índice chega a 2025 na sua sétima edição consecutiva e utiliza 12 indicadores que permitem uma análise quantitativa e comparativa entre estados e regiões, facilitando a identificação de gargalos e oportunidades territoriais.