17/09/2025 as 11:06
PROPRIÁMais de 100 alunos foram prejudicados; motoristas estão sem receber e há denúncias de má gestão de recursos.
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A segunda-feira (15) começou com transtornos para cerca de 113 universitários que dependem do transporte escolar entre o Propriá e Aracaju. Os veículos não circularam devido à falta de pagamento aos motoristas, que afirmam não ter recebido os valores devidos pela associação estudantil responsável pela organização do serviço.
De acordo com relatos de estudantes, a situação já vinha se agravando, mas chegou ao limite nesta semana. “Na segunda, nenhum veículo veio para Aracaju. Ontem, após muitos contatos com representantes, conseguimos que alguns motoristas trouxessem os alunos, mas foi uma exceção. Os motoristas têm feito o que podem, e estamos totalmente do lado deles”, afirmou uma das alunas afetadas e membro da associação, durante entrevista a uma emissora de rádio na manhã desta quarta-feira (17).
As críticas recaem sobre a gestão financeira da associação, especialmente quanto à transparência na aplicação dos recursos. “A confiança dos alunos na associação nunca foi plena, mas mesmo assim continuamos pagando, tentando confiar. Porém, há comprovantes de transferências feitas para contas pessoais da presidente da entidade, e até agora não houve nenhuma prestação de contas”, denunciou a estudante.
A situação foi confirmada por motoristas e por outros membros da associação. Segundo eles, pagamentos foram feitos em mãos e por transferência, mas os valores não estão sendo repassados aos profissionais, o que motivou a paralisação dos serviços. “Queremos saber onde está o dinheiro. Ele é nosso, é dos alunos. E os motoristas precisam receber pelo serviço que já prestaram”, reforçou Larissa.
Diante da gravidade do caso, estudantes prometem buscar a via judicial para reaver os valores pagos e garantir que os motoristas sejam remunerados. Enquanto isso, os acordos de pagamento têm sido feitos diretamente entre alunos e motoristas, de forma emergencial, para tentar manter o transporte ativo.
A reportagem aguarda um posicionamento oficial da associação estudantil citada para esclarecer as denúncias e apresentar explicações sobre a gestão dos recursos. A reportagem entrou em contato com a atual presidente, Andreyna Victoria Oliveira Santos, mas sem sucesso.